sábado, junho 28, 2008

Fiquei apertando “Ctrl Z” durante uns dez segundos. O texto realmente não vai voltar. Na hora eu decidi deletar, porque escrevi quando estava para baixo, na solidão de um sábado a tarde sem nada para fazer. É assim quando se passa meses sem tempo para nada, e quando se depara num sábado à tarde, com vontade de fazer muitas coisas, algumas impossíveis, outras ao seu alcance. E deixa de fazer tudo para ficar sem fazer exatamente nada. Depois visitei alguns blogs, algo que não fazia há algum tempo, algumas pessoas estavam com o mesmo sentimento saudosista, foi quando tentei recuperar o post. Já era também. Curei as mágoas.

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Ainda estou um pouco “down”. Saudades dos amigos que gostaria de rever e não posso. Esta cidade parece às vezes que fica no meio do nada para lugar nenhum. Incrível. Descobri que uma passagem aérea de Barreiras para Salvador custa R$ 200. E que para Brasília custa R$ 230. Isto numa segunda-feira. Nada mal , se não fosse aqueles aviões teço-teco, e a pista do aeroporto de Barreiras não ser nada confiável. Não tem nem corpo de bombeiros na cidade. Prefiro continuar as 12 horas, com aquele cheiro típico de buzão, perigo de ser assaltado na estrada e uma baita dor no pescoço na parada final.

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Durante a Exposição Agropecuária de Barreiras, que antes tinha raiva de ouvir falar, parece ter mudado. Ao menos não ficam os metidinhos da minha adolescência naquela numa pracinha ridícula, onde tem um negócio de rapel, onde o povo ficava olhando. Os adolescentes de hoje devem ter achado outra maneira de segregar. Só que ainda não identifiquei. Fui na exposição, algumas vezes à trabalho, outras so para ver quem estava passando. Só não entrei nos shows, porque pagar para ouvir Bonde do Maluco, e outras porcarias, não estava no meu cronograma. Como diz uma colega professora. “Não investi anos de estudos e tempo de leituras para ouvir estas porcarias”. Ta aí. Nem eu!!

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Aliás, este semestre foi bastante interessante. Nunca pensei que voltar à Barreiras seria tão proveitoso profissionalmente. Ao acaso do destino, me tornei professor de jornalismo, algo que ainda estou me acostumando. Lembro até hoje do primeiro dia em que a sra. do Recursos Humanos me tratou como professor. É sério, precisei me segurar para não rir na cara dela. Na semana de admissão cortei o cabelo e aparei a barba direitinho. Era para parecer mais velho, mas deu tudo errado. Parecia que eu tinha 20 anos. Teve um professor que disse que eu tinha cara de aluno. E no meu crachá, como ironia, parecia que eu tinha voltado aos 17 anos. Uso camisa para disfarçar. O que antes, considera impensável. Só que não to nem aí. Tem gente que demora a envelhecer.

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A única coisa que atrapalha estar em Barreiras é a distancia dos amigos. Hoje vou perder o tradicional São João na casa da Érika (o pc insiste em pôr o sinal no seu nome Érika), que vai reunir os amigos de facu. Sinto muitas saudades. Infelizmente não deu, mas da próxima, faço de tudo para está presente. Só me resta afogar as magoas no show do Nechivile. Como diz outra professora, não é o show que é ruim, é a gente que bebe pouco.

3 comentários:

Rodrigo Alves disse...

Vc fez falta, baiano do nosso coração, rs.

Maria Cristina disse...

Eu fui pro "arraiá" com esperanças de te ver lá... :( Fica pra próxima...

Anônimo disse...

Menino querido, que saudade! Obrigada pelo recado no blog mais-que-saudosista. Sinto algo parecido com o que sente, mas não tenho nem tempo para pensar no que sinto. Estou bem absorta. Sinto falta das reflexões diárias também e tantas outras coisas. Mas o fato é que os nossos unvirsos mudaram bastante, né? Mas, em mim, reside felicidade. E acho que em você também, não?

Um beijão e quero ver esse visual cabelo curto de professor universitário com cara de high school. Hehehe.

Luci