quarta-feira, dezembro 29, 2010

Sofia Coppola lança Somewhere. Veja crítica.

É na simplicidade das cenas e da narrativa, em contraponto à profundidade e na complexidade dos personagens Jonny Marco (Steffen Dorf) e sua filha (Elen Fanning), a principal marca do novo filme da cinesta Sofia Coppola. "Somewhere"não traz nada realmente inovador na temática, mas constrõe aos poucos uma relação tão instigante e ao mesmo tempo reveladora, entre a personagem central, o mundo à sua volta, e nós que estamos do outro lado.

Na mesma linha de "Lost in Translation", com o tema recorrente da solidão, ela também trabalha "Somewhere", mas avança, ao adicionar o tema da paternidade. Também atrai a temática o contraponto entre sucesso profissional ao pessoal, e do vazio de estrelas de Hollywood. De um famoso ator, perdido na solidão de um quarto de hotel, entre bebedeiras, ,mulheres, e nos trabalhos de divulgação do novo filme, surge o elemento surpresa. A convivência inicialmente forçada com a filha adolescente. Daí surge um novo Jonny, cuja perspectiva se amplia.

É desta nova relação que Sofia consegue penetrar na essência das personagens, e mostrar de uma forma suave, doce, e franca, como pode ser construída uma relação entre pai e filha. Não interessa para Coppola imprimir registros do passado ou do futuro, mas o presente. Não existe flashback, ou informações dialogadas sobre o que passou ou o que vai acontecer. E os atores precisam passar as emoções sem grandes diálogos. As interpretações, apesar de discretas, imposto pelo enredo do filme, conseguem se destacar principalmente nos olhares.

No filme não existem grandes diálogos. Os "takes" são bem mais longos do que no cinema tradicional. A propósito, o tempo das cenas demarcam principalmente a fase lenta e cheia de problemas da personagem. Apesar da lentidão inicial, o espectador começa, no entanto, a se identificar com a relação estabelecida com a própria filha, e como ele passa a tomar as suas decisões, baseadas na paternidade. Foge do trabalho de um hotel na Itália, e começa a recusar flertes, e se segura nas bebedeiras. A cena da piscina (retratada sabiamente no cartaz do filme) se torna emblemática para o filme, em que ali pai e filha criam uma comunhão pouco vista.



"Somewhere" é uma ótima continuação de uma diretora que sabe a mensagem e o meio pelo qual quer passar. Talvez não receba a mesma repercussão de "Lost in Translation", mas Sofia merece aplausos, pela consistência e complexidade da proposta. Apesar de na tela parecer bastante simples, o filme poderia nas mãos de outros diretores, criar um embaraço e até um sentimento de recusa por parte do espectador. Mas nas mãos dela, ao contrádio, cria-se o sentimento de catarse, mas com uma qualidade superior ao que se vê em outras produções. (Hebert Regis/jornalista)

segunda-feira, dezembro 27, 2010

E o Axé Music. Há quantas anda?

Há quem não goste. Mas não se pode negar a música baiana, ou mais precisamente o "Axé Music" como um dos ritmos mais populares e bem sucedidos no Brasil. Cantores são lançados anualmente, e alguns galgam ao posto de pop stars nacionais, lotam shows, e principalmente fazem movimentar uma máquina milionária do show bizz tupiniquim. Na ponta de lança estão marcas como Chiclete com Banana, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown.

Como toda máquina (que funciona desde os idos das décadas de 80, com Moraes Moreira, Sara Jane, dentre outros), precisa de alguns ajustes, o que não vem acontecendo. 'E uma pequena crise, em que a música baiana não consegue se reinventar. À exceção de Ivete Sangalo, e o seu badalado "Madison Square" (deve chegar bem com acelerae, e Desejo de Amar), nenhum dos tradicionais artistas não mostraram até agora o que puxará o Carnaval 2011.

O único sopro vem da chamada música do gueto, com nomes como Psirico e Parangolé, que tem o apoio do "mainstream baiano". Por enquanto Tcubirabiron, Mulher Maravilha, e Chuá Chuá, vem liderando as listas, o que deve se confirmar apenas no Festival de Verão de Salvador, em fevereiro.

Caso se confirme mais um pagode baiano, será o terceiro ano (antes tiveram Toda Boa e Rebolation) como melhor música do Carnaval , o que consolida uma nova vertente da música baiana, e fará no mínimo os grandes cantores do axé repensarem as suas sonoridades para se destacarem no carnaval do próximo ano. (Hebert Regis, jornalista)

domingo, setembro 05, 2010

Querer voar

Deve ser mania besta querer encontrar sentido. Inquietação que deixa doentes de raiva aqueles que procuram o indescritível, inaceitável, e o imprevisível. Há bem pouco tempo, quer dizer há poucos dias, a autoconfiança beirava alguns arranha-céus, pensava-se que tudo apenas dependia de uma só pessoa.

E achava que era regra, que se traduzia às outras pessoas. Quando deixa-se de acreditar nas casualidades católicas, ou no final feliz dos filmes, para-se de criar expectativas. É quando o bom vira ótimo, e o ruim, apenas aceitável. Lutar com as armas concedidas.. E usar com determinação, e ética.

Apesar de reconhecer que vai se bem ao pensar de forma moderna, com a autoconfiança sempre reconfortada pelo fato inabalável, que apenas se tem o que se pode, é hora de pensar em querer voar. Sair da obviedade criada pela rotina do dia-a-dia, e pelos objetivos mais simples, aqueles a curtos prazos, os quais se perdem sentido.

É bastante cansativo correr, quando se pode voar. Isto simplesmente pode não ter sentido, como nem tudo pode ser explicado, seguindo uma teoria científica, crença, ou algo que valha. Amanhã a vontade será de correr, depois nadar, e mais na frente boiar ou flutuar, mas hoje gostaria de voar.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Quando foi que eu cresci e comecei a ter responsabilidades? Antes era só ir para a escola, comer na hora certa, e no máximo, entregar o livro na biblioteca, e ninguém me escutava, ou melhor, ninguém pedia para eu me posicionasse. Nem pensei que um dia pudesse dirigir, ou ter coragem de ir para o exterior, ou mesmo entrar numa reunião e as pessoas me escutarem. Meu Deus, quando tudo isto mudou?

sábado, agosto 14, 2010

Devagar também é pressa

Hoje quase atropelei alguém. É difícil admitir que eu queria ter razão. A pressa em atravessar rapidamente a faixa, e passar antes do pedestre, não teria me causado nenhum tipo de reflexão. A marca da mão no carro empoeirado pode ser um sinal de que eu esteja perdendo a guerra. A guerra contra o tempo, em andar sempre rápido, e de nunca parar. Ando na teoria dos vazios, em que se eu preencho o espaço antes, ninguém poderar ocupar. Mas onde está a sustentabilidade disto?

Hoje fui entrevistado sobre sustentabilidade. E há de convir que apesar de gastar pouca água e energia, reciclar o meu lixo, preciso me convencer que correr como um louco numa guerra no transito, não me faz um ser sustentável. E na hora da entrevista, parei um pouco ao responder, e lembrei de mim, no momento, em que o senhor ao revidar a minha infração, bateu com a mão no carro. A reação me fez ficar indignado.

Tentei me convencer que eu estava certo. "As pessoas precisam sinalizar antes de entrar na faixa, não podem entrar correndo em cima dos carros". Mas eu deveria ter parado, e acenado para que o senhor passasse. No restante do dia andei mais devagar. Até quando vou prosseguir assim. Espero que não seja tarde demais, para que eu possa realmente perceber que preciso andar devagar, não apenas no trânsito, mas na vida.

domingo, maio 09, 2010

Homenagem Dia das Mães

Não sou bom de datas. Quando desço escuto a música Lady Laura, do Roberto Carlos. Minha mãe e avó estão no quintal. Minha avó Nilza sentada na cadeira, virada para a frente, enquanto minha mãe, ainda de camisola, tira as roupas da máquina para estender. Peço a benção à minha avó,e depois abraço a minha mãe, depois de ser informado que hoje é o Dia das Mães.

-Deixa eu abraçar minha mãe também, diz minha mãe, com lágrimas nos olhos.
Pego o bob (o cachorro) o mais novo rebento da família Regis para abraçar a mãe dele. ë assim que é tratado como filho. E minha mãe continua chorando. Sinceramente e certamente nunca entenderei o que se passou naquele momento. Algo que só quem é mãe sabe.

Só gostaria de dizer que tenho um grande orgulho da minha mãe. Acho que todos devem ter, mas eu agradeço imensamente por ter me colocado junto de uma pessoa tão maravilhosa, simples, verdadeira, pcificadora e extremamente amorosa!
Mãe te amo!!

segunda-feira, abril 05, 2010

A minha reta é a verdade

Já dizia o grande mestre prof. José Nilton dos Reis Rocha, o famoso Niltin. A gente não precisa andar totalmente na linha, mas não pode se perder dela. Lembro que ele até desenhou isto no quadro, e falou que aprendeu isto com os militares. É bastante difícil ser "reto". Isto implica em deixar muitas sensações e emoções em detrimento do racional.

Nem sempre o que é correto para a sociedade vai nos deixar feliz, mas muitas vezes é o que precisa ser feito. É dificil ser feliz sem magoar o outro, ao menos em algum momento. É duro também fazer o que é certo. Pode-se perder um grande amor, um trabalho, um amigo, e até confiança quando se fala a verdade.

Quando se pautam as condutas pela verdade, pode até doer, mas depois as pessoam reconhecem que não houve falsidade ou enganação. Erros todos cometem. Ninguém consegue ficar na linha 24 horas, até porque isto não quer dizer sempre a felicidade. Às vezes saimos dela para nos dar o direito de ser feliz. Ou até para valorizar o correto. Mas é importante voltar para a linha. E acredito que a principal linha seja a verdade.

Sempre pauto as minhas condutas na verdade, porque elas podem doer, mas depois as pessoas reconhecem que não houve falsidade ou enganação. Não sou do tipo que nasceu para viver em conto de fadas, novelas mexicanas, ou comédias românticas, ou qualquer tipo de ilusão. Nem sou um canceriano típico. Algumas pessoas até podem nos enganar. Mas na hora certa a gente descobre, e escolhe entre viver na verdade ou na mentira. Poderia ser até mais feliz tentando esconder a realidade.

Sei até onde posso ir, conheço as limitações, e tento ao máximo ser coerente e correto. Não sou de jogar as "minhas verdades" na "cara" de ninguém. Faço isto por meio de ações, e isto assusta. Jogar com a verdade é a melhor reta a ser seguida. Posso até me desviar em alguns momentos, mas é nela que eu sempre volto.

terça-feira, março 30, 2010

Dourado ganhou... e daí?

O Dourado ganhou o BBB 10, e daí? Daqui a dois meses ninguém vai lembrar. Não que a memória do povo seja fraca, mas porque ele não fez nada para merecer nem um dia de lembrança. A nossa sorte, e digo principalmente minha, é que ele não venceu eleições para vereador ou deputado. Aí sim teríamos que ser obrigados a lembrar dele por quatro anos.

Não acredito que o Cadu e a Fernanda sejam mais merecedores. A verdade é que o Dourado conseguiu manipular melhor o jogo, e se aliou às pesssoas certas, teve um pouco de sorte, e muita parcimônia na edição do BBB 10. Ou seja, o mesmo liquidificador de variáveis para eleger um político corrupto ou inescrupuloso. Está certo que não podemos comparar big brother com eleição. Até porque Dhomini não venceu nem eleição para vereador em Goiânia.

Dourado vencer o BBB mostra que a nossa sociedade escolhe mal os seus representantes. A mostra disto são os marginais que foram escolhidos para serem liderados por ele, que recorrem de ameaças para vencer em um país democrático e com liberdade de expressão.

Dourado vencer mostra que a sociedade ainda prefere a superficialidade da agressividade contra as minorias de gênero, raça, e opção sexual,e que não está pronta para o diálogo, mas sim para berros, gritaria, arrotos, socos, pontapés, porradas. É isto que o povo merece e está acostumado com os representantes sociais que andamos escolhendo por aí.

sexta-feira, março 26, 2010

Ih!! Passei

Esta semana lembrei quando passei no vestibular. Claro que a sensação daquela época era bem diferente. Passar no vestiba era, para mim naquela época, um caso de vida ou morte. Estava no trabalho em frente ao computador, quando alguém me liga, e diz, você passou no concurso em primeiro. Foi meio nostálgico, parecido com a sensação do vestibular.

Falei que não era possível, porque peguei o gabarito, e pensei que não tivesse chance. Procurei e vi o meu nome lá. Hebert Regis de Oliveira, em primeiro lugar no concurso para jornalista da Empresa Baiana de Saneamento S.A, para a unidade de Barreiras. Ainda falta a prova de títulos e assumi o cargo, mas a verdade é que passei pela primeira vez em um concurso público.

Por si só já fiquei feliz, porque nem estava esperando, e não era caso de vida ou morte, porque estou muito bem empregado, mas o fato de saber que tenho capacidade, isto elevou um pouco a minha autoestima, que vou confessar, estava meio baixa nas últimas semanas. Sem stress, vou batalhar agora para assumir o concurso, e no momento certo, vou decidir o futuro profissional.

quinta-feira, março 25, 2010

Big Brother da falsidade

Teve uma época que eu passava raiva com o Big Brother. Quando tentavam humilhar alguém ou quando via alguém indefeso, ou quando armavam para algum concorrente. A verdade que sempre ficamos do lado mais fraco da história. O problema é que este lado se cria, e neste Big Brother 10, eles tentaram criam esta polarização, mas em uma história em que cada semana se tinha um vilão e o mocinho. Por quê?

À cada semana eles faziam um personagem diferente. Ninguém quis assumir os riscos de entrar na casa de maneira verdadeira. Tinha uma Angélica e uma Elenita, que às vezes faziam isto, mas todos ali entraram como se tivessem algo a perder. "Entram num programa como esse, e ficam com medo de se mostrar?"

Ali era tudo pela metade. Tem paty, brucutu, barraqueira, viados, lésbicas, travesti, preto, tinha de tudo, mas sinceramente sempre tinha algo de estranho. Tá certo que a vida é estranha, mas eles começaram a inventar uns personagens que não combinavam com a história. É o brucutu sensível, o viado que gosta de mulher, a santinha que fala mal dos outros, é o preto que vira branco, o mocinho indefeso, é a mocinha valente. É o burro querendo ser inteligente. Mas eles não conseguiram manter isto.

As pessoas precisam se assumir como são. E neste Big Brother mostrou que as máscaras estavam todas em pé, e que às vezes ser normal, é ser você, com erros e acertos. Não precisa ficar pregando isso, como a Lia faz, porque ela deve ter dupla personalidade, faz uma coisa e diz outra. Mas é incorporar isto. Neste Big Brother aprendi que é melhor assumir os riscos da normalidade do que fracassar na excentricidade.

É preciso assumir os riscos da nossas escolhas. E falta é gente corajosa para encarar isto. Até agora os ganhadores tinham esta autenticidade. Desta vez, pelos candidatos que temos, ganha a falsidade de querer ser um outro alguém, como rico e famoso. Então nesta história toda de Big Brother vai reinar o mais "hipócrita". Do jeito que vai é Lia, em primeiro, Dourado, em segundo, e Fernanda, em terceiro lugar.

terça-feira, março 23, 2010

Para frente que se anda!

Ás vezes acho que estou fora de órbita.O mundo continua a girar, e sabem de uma coisa. I like it. Isto é o que nos deixa alertas para a vida. Nos ajuda a crescer. Nos tira do marasmo e nos faz viver fortes emoções. Só penso às vezes que eu passo muito rápido, e que ninguém vai me segurar. Pensei que quisesse segurança. Mas o que eu quero mesmo é muitos desafios, porque só assim serei uma pessoas melhor, e comigo mesmo. É que eu gosto de correr mesmo. Só não posso trombar e bater em ninguém. De restante, tudo certo! Para frente que se anda!


I'm through with the past
Ain't no point in looking back
The future will be
And did I forget to mention
That I found a new direction
And it leads back to me, yeah

segunda-feira, março 22, 2010

Nova resolução de fim de semana

Fim de semana: Altamente produtivo



Atividades: Curso de Roteiro para Cinema, com a cineasta Cristina Fonseca; Reunião com amigos no sábado e domingo; Passeio de bicicleta domingo pela manhã. Download de nova série norte-americana.



Justificativa: Preencher o fim de semana com algo útil (ou nem tanto!!), e ter a sensação de não está parado no tempo e no espaço.



Impacto : conhecimento adquirido no curso, networks estabelecidos, e desejo de fazer um documentário sobre o cerrado e as comunidades tradicionais. tentar traçar um plano de pré-produção. Reunir com os amigos, beber cerveja, e falar besteira, e rir de si mesmo e dos outros. Pequena ressaca no domingo. Uma dor no braço que creio ter sido pelo passeio de bicicleta. Muita suadeira. Sem medição de peso perdidos. Uma nova distração para os momentos de folga. Esquecer que está no fim de semana. Cansaço no domingo á noite.



Nova resolução: Programar sempre muita coisa para o fim de semana.

quinta-feira, março 18, 2010

Trabalho que nada!!

Existem trabalhos e trabalhos. De vez em quando o meu tem lá as suas compensações. Na sexta viajei para o município de Formosa do Rio Preto, junto com a bióloga do Instituto Bioeste, Aryanne Amaral, e o Prof. Neves, da Faculdade São Francisco de Barreiras, para ver uma área para a implantação do viveiro, do lado de uma comunidade tradicional.

Parece que não deu muito certo, mas isto não vem muito ao caso. A verdade é que fomos para a Fazenda Ingazeira, onde passa ao fundo o Rio Preto. E era daquela água, junto com aquela paz (tinha um avião lá fazendo barulho, mas isto também foi legal) de não precisar pensar em nada, ou ligar o computador.Apenas uma boa conversa, e uma boa comida, e isto às vezes não tem preço que pague.

A verdade é que eu precisaria trabalhar, mas neste sentido, o meu trabalho é the best porque posso conviver mais com a natureza, e o meu trabalho é justamente sensibilizar as pessoas a conhecerem estes espaços, para que protejam estas áreas verdes. Desta vez fui conhecer duas comunidades tradicionais, para a logística de uma oficina de fotografia.

Acredito que esta viagem foi providencial, e na volta ainda fui direto para a formatura de jornalismo da Fasb, onde ministro aula. Então foi um fim de semana quase perfeito, desencadeado pelos trabalhos. Pena que isto não aconteça toda a semana. Está rodeado pela natureza, e de pessoas que nos querem bem, faz toda a diferença.

segunda-feira, março 15, 2010

Era feliz e sabia disto!!!

Existem momentos na vida inesquecíveis, e são assim porque tivemos pessoas especiais ao nosso lado. Fui ao baile de jornalismo e esta semana, e egoísmo à parte, apenas me lembrei em um dos momentos mais marcantes da minha vida, quando eu e meus amigos nos graduamos. Que turma especial. Foi uma semana perfeita. Lembro da aula da saudade, da missa, da colação e do baile, e até do estica na casa do Rodrigo depois da aula da saudade. Enquanto assistíamos o Oscar, fizemos uma lista dos melhores da festa!! Sei que sou um amigo ingrato e desnaturado, mas sinto saudades de estar no cotidiano destas pessoas. Era feliz e sabia disto!!
Iria escrever sobre outra coisa, mas acabei me rendendo ao assunto, porque li este comentário no post anterior do Fellipe, que reproduzo abaixo. Amigo, muito obrigado. Queria mandar um abração para o Eduardo Sartorato, Lorena Verli, e aos casais Maria-Renato, e Erika-Rodrigo, que mesmo longe, estão sempre presentes!!




Querido,
lembro-me que certa vez escrevi que toda estupidez que damos na vida carece, por princípio ontológico, de uma segunda chance para repará-la.

isso quer dizer: não é que o universo seja benevolente o bastante para nos permitir a redenção dos nossos erros, mas generoso o suficiente para nos permitir errar na gênese de nossos atos.

O que, automaticamente, nos pede o tal "replay". Todavia, o viveremos a partir de um patamar diferente, mais consciente do que estamos buscando.

Quando a cumadre Maria Cristina escreveu sobre as dúvidas do caminho, eu pensei sobre o tema e disse a ela que só aqueles que têm dúvidas sobre a trajetória são realmente os que estão caminhando. Ou seja, quem está parado não tem razões para pensar num caminho que não existe.

A vida é simples. Somos nós quem a complicamos cada vez mais. E não fazemos isso porque somos masoquistas, mas sim porque é da natureza das almas inquietas, das almas que buscam mais do que é oferecido, porque não se contentam com o pouco (visto por quem busca muito) ou até mesmo com o muito (visto por quem busca o inalcansável).

Tudo bem estar na primeira opção. Os problemas podem começar a surgir quando optamos pela segunda. Creio que, pelo que conheço em você e pelo texto que escreveu, que inanição e a falta de recado não se aplicam ao seu caso.

A vida é uma eterna adaptação. Ainda que mudemos, jamais deixaremos de ser nós mesmos, porque é esse ser que nos forma o principal agente da mudança. Por isso, não tenha medo de mudar, de arriscar, desde que o seu norte seja sempre a busca do seu bem-estar.

Podem parecer palavras gastas, mas para tudo na vida (exceto a morte) existe uma solução. Não se pode entrar numa disputa, por exemplo, com medo de sair perdedor. Apenas entre e aprenda novas formas de ver e, tenho certeza, as coisas vão se encaixando naturalmente.

Uma coisa é certa: o caminho certo é sempre o mais complicado, da mesma forma que nada é por um acaso. Faz bem replantear-se os planos, repassar os focos. Só as pedras sabem (se sabem) que serão pedras sempre.

Você não é uma pedra.

Fique bem.
Abraço e saudade,
Fellipe

quarta-feira, março 10, 2010

Para sempre é uma bobagem?

Ás vezes bate aquela tristeza de saber que pode não está no caminho certo. E que a mudança poderia custar caro, e ter que voltar com o pires na mão à antiga realidade, parece ainda atormentar a cabeça. A verdade que o maior choque era viver em um mundo que considerava, até certo momento, ideal. E que o pior era ter acreditado que poderia ter sido para sempre.

"Para sempre é uma bobagem". Deveria prestar maior atenção às letras do que às melodias. Mas dói quando a gente pensa que poderia ser diferente, e que por inaniçao ou falta de recado, não fez nada para mudar. Ou achou que uma pequena transformaçao resolveria o problema. Este é o dilema. "Ou muda tudo ou muda nada?". O medo é se transformar demais e não se reconhecer, é atuar até as mãos sangrarem, e mesmo assim, no final, perceber que nada valeu a pena. Que era melhor ser você, afinal de contas isto ainda é original. Mas do que adianta isto, se as cópias parecem ser mais felizes.

"Era para ser assim, simplesmente...". Vou fugindo sem me entregar a nada, nem a ninguém. "Que nada. Se entregar sim é uma bobagem".E agora sei que relembro, e quero tudo outra vez, do mesmo jeito. Ser;a que posso tocar o "replay"? O sentimento será o mesmo? Acho que não. Lembro quando assisti Moulin Rouge pela primeira vez. E que fiquei de queixo caído na cena em que o personagem do Ewan Macgregor canta "Your Song" para a Satine, da Nicole Kidman.

Tentei ver aquelas cenas outras milhares de vezes, mas foi só naquele momento, em que o meu mundo parou, e quando me vi, a cortesã estava nos braços do escritor. Queria aquele momento para sempre, porque tenho aprendido a duras penas que relações se constrõem no dia-a-dia, mas podem se eternizar em apenas um momento. E como dói tentar reviver tudo o que passou!

Apenas desculpem o desabafo!!

domingo, março 07, 2010

E a torcida fica para Sandra Bullock

Não acompanhei nenhum dos filmes que concorreram ao Oscar. Não tive muito tempo para assistir filmes, nem baixar, nem ir ao cinema, e confesso que não estou com muita paciência. Ver hoje pela manhã o vídeo da Sandra Bullock ganhando o Framboesa de Ouro, e o seu discurso mostra uma atriz e uma pessoa que sabe do seu potencial e do seu talento, e que joga o que lhe fora oferecido a seu favor.

Ela não tem o talento dramático de uma Cate Blanchett, Juliane Moore, Kate Winslet, a versatilidade da Meryl Streep, Julia Roberts, Renné Zellwegger, mas ela tem um carisma de arrasar o quarteirão. Sem pretensões estílisticas, ela sabe o seu papel dentro da indústria de Hollywood: o entretenimento. E isto ela faz muito bem.

Bullock ter aparecido ao Framboesa de Ouro, e ter distribuído dvd's com o filme, aconselhando as pessoas assistirem novamente, foi sensacional. Espero sinceramente que ela conquiste o Oscar como um reconhecimento de 20 anos de carreira nos papéis de comédia romântica,Enquanto Você Dormia, Quando o amor acontece, Amor à Segunda Vista, Casa do Lago, Miss Simpatia, e outros que exigia um pouco mais de apelo dramático como Crash e 28 horas. Como nem sempre ganha-se o melhor no Oscar, não será nenhum desmérito premiar Bullock pelos serviços prestados ao entretenimento. Seja em um filme como Maluca Paixão ou em um Sonho Possível.

segunda-feira, março 01, 2010

Atrás de outro caminho

Não existe nexo. A vida às vezes soa traiçoeira. É uma tempestade que rápido pode virar o barco. De outras o dia ensolarado, e o vento constante, leva a embarcação para a tranquilidade. Dificil assumir que está perdido, tentando achar um caminho. Talvez este seja o destino. Se perder, arriscar para achar um caminho melhor.
A verdade que o destino prega algumas peças.

O caminho se fecha. É duro admitir, e tentar procurar outra trajetória para seguir. É duro desistir. Mas as vezes é o melhor remédio. Na verdade, é tentar seguir um outro rumo, ao invés de seguir aquele cujos obstáculos parecem intransponíveis. Nesta vida que anda de lá para cá, é de bom tom saber desistir, e retirar o time de campo. Decisáo difícil. Estou atrás de outro caminho. E só resta a mim decidir.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Eu assisto o Big Brother!!

Este é a décima edição do programa, e continuo a assistir o Big Brother. Devo e tenho muitas obrigações a fazer. Mas hoje é a única coisa que assisto de forma maisquis regular, e me agendo para assistir. Nunca tive preconceitos, e sempre discuti as armações do programa. E nesta edição, a seleção dos brothers e a divisão vem sendo determinante para o sucesso do programa.

Sei que não ganho nada com isto, e não tö nem aí para a vida deles, mas me interesso em ver este experimento de ver pessoas disputando um jogo sádico, que ora representam uma personagem e denotam superficialidade, ora transboram sinceridade, e humanidade. Nestes anos, poucos foram aqueles personagens que conseguem realmente jogar e conquistar o público, afinal sabemos e conhecemos o jogo, mas as vezes algo supera esta simplicidade de ponto de vista.

Feio não é "jogar", até porque para ganhar R$ 1,5 milhão, faz-se bem pior. Mas é esnobar e considerar o público "idiota", como tentou fazer a Tessália, e parece que continua a fazer. Porque ela não assume que entrou como uma máscara e agia conforme a hora e a conveniëncia. Mesmo se ela fosse sincera, bem melhor é a Elenita, que encara tudo de frente, diz as suas verdades, e tudo com bom humor... Ao menos a gente se diverte. Destaque para a cena em que ela disse que vivia um casamento fracassado com o Alex, e que era obrigada a estar no mesmo teto, ou então a briga com a Lia. Pena que os "escadas" não parecem estar a altura.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Na mesa de bar

"Faltou luz mas era dia, e o sol invadia a sala..."
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."
"Eu não quero dinheiro, eu só quero amar..."

Será porque uns chopps a mais fazem a gente ficar refletindo? Até as músicas mais simples começam a fazer sentido, e se encaixam em algum momento ou outro da sua vida. Ou se não naquele mesmo momento.

"Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu..."
"É só isto. Não tem mais jeito. Acabou. Boa sorte."
"Eu desço dessa solidão. Espalho coisas sobre um chão de giz"

O que quero dizer é que a reflexão começa nas letras, e que as poucos vão se encaixando em uma parte da sua vida. Quem escreve estas músicas deve gravitar em outra esfera, para consegui captar as angústias da vida, e passar para as letras, e saber que uma pessoa na mesa de bar pode repensar a vida, e até tomar uma decisão importante.

O mais engraçado é que às vezes a gente canta sem enxergar a complexidade.

"Deixa a vida me levar... vida leva eu"
"Vou deixar a vida me levar... para onde ela quiser"
"Tente.. e não diga que a canção está perdida"

Esta combinação música e chopp merece uma reflexão maior.
"Garçom aqui nessa mesa de bar"

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Reflexões inacabadas

Parece um sonho, e quando acorda, tenta-se apegar nas recordações. Inutilmente porque nada volta. Quando estava em viagem, ficava admirando lugares e pessoas, como se fossem a última. "É para não esquecer". E tentava tirar fotos dos lugares para ajudar a memória a lembrar quando eu quiser reviver. O consolo é que um dia vou voltar e passar pelos mesmos lugares. Talvez eu e todo o trajeto esteja diferente. Não será a mesma Roma, Paris ou Berlim. Taí a graça da vida....


Quer dia mais desesperador do que a volta para o trabalho, e principalmente numa sexta-feira. O resultado é que eu perdi a senha do e-mail institucional, e ainda não desativei as férias. O mais estranho é que tinha entrado durante as férias. Deve ter sido um bloqueio mental. Depois de quase uma semana ainda não lembrei. A boa notícia é que já estou querendo voltar a trabalhar de verdade. O problema é que vem o Carnaval, e depois a Semana Santa...


Voltar ao Brasil, depois de uma viagem pela Europa, principalmente numa cidade como Barreiras, soa meio surreal. As lâmpadas da minha rua estão apagadas. Na conta telefônica tem uma taxa de iluminação pública. Em um dia a prefeitura conserta uma vala, e coloca um concreto, no outro tem um ônibus entalado no mesmo buraco. Colocam faixas de pedestres, mas não ensinam as pessoas a usarem. Não precisa nem comparar. E, mudando nem tanto de assunto, e a estrutura para a copa do mundo de 2014?

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Viajar é... mudar uma vida!!

Foram seis países, sete cidades, muitas horas esperando no aeroporto, muitos quilômetros andando, sempre com a idéia de descobrir o diferente, que estava em cada estátua, rosto, conversa, pessoa, esquina, quadro... Viajar é isto. É prestar atenção em detalhes, tentar gravar e nunca querer esquecer. É, ao mesmo tempo, desligar o piloto automático, e tentar tomar uma direção nunca antes desbravada, e que deve a partir de agora, integrar as ferramentas para melhor manobrar durante as crises. E saber aproveitar quando o céu estiver azul e claro.

Viajar é entender que se deve ter paciência com o diferente, e entender que a beleza do mundo é justamente esta. E que apesar desta diferença somos todos iguais, e que merecemos o mesmo respeito. É tomar cuidado com análises precipitadas, e que o pré-conceituar é a necessidade de se auto-afirmar. Viajar é saber também que tudo está certo, mesmo quando parecia que estava errado. É perceber que a única barreira é a falta de solidariedade com o ser humano.

Viajar é correr para ver um pôr do sol, porque vale a pena se despedir do dia, e receber a noite de braços abertos. Viajar é valorizar o que se conquista, e querer voltar para continuar a lutar. É perceber que está no melhor caminho que se poderia, mesmo com milhões de opções de escolhas. É saber que fiz o melhor com as armas que me foram oferecidas.

Visitar outros países me fez acreditar que posso ir para qualquer lugar, mas que estou (muito bem obrigado!!) no lugar certo.