Ás vezes bate aquela tristeza de saber que pode não está no caminho certo. E que a mudança poderia custar caro, e ter que voltar com o pires na mão à antiga realidade, parece ainda atormentar a cabeça. A verdade que o maior choque era viver em um mundo que considerava, até certo momento, ideal. E que o pior era ter acreditado que poderia ter sido para sempre.
"Para sempre é uma bobagem". Deveria prestar maior atenção às letras do que às melodias. Mas dói quando a gente pensa que poderia ser diferente, e que por inaniçao ou falta de recado, não fez nada para mudar. Ou achou que uma pequena transformaçao resolveria o problema. Este é o dilema. "Ou muda tudo ou muda nada?". O medo é se transformar demais e não se reconhecer, é atuar até as mãos sangrarem, e mesmo assim, no final, perceber que nada valeu a pena. Que era melhor ser você, afinal de contas isto ainda é original. Mas do que adianta isto, se as cópias parecem ser mais felizes.
"Era para ser assim, simplesmente...". Vou fugindo sem me entregar a nada, nem a ninguém. "Que nada. Se entregar sim é uma bobagem".E agora sei que relembro, e quero tudo outra vez, do mesmo jeito. Ser;a que posso tocar o "replay"? O sentimento será o mesmo? Acho que não. Lembro quando assisti Moulin Rouge pela primeira vez. E que fiquei de queixo caído na cena em que o personagem do Ewan Macgregor canta "Your Song" para a Satine, da Nicole Kidman.
Tentei ver aquelas cenas outras milhares de vezes, mas foi só naquele momento, em que o meu mundo parou, e quando me vi, a cortesã estava nos braços do escritor. Queria aquele momento para sempre, porque tenho aprendido a duras penas que relações se constrõem no dia-a-dia, mas podem se eternizar em apenas um momento. E como dói tentar reviver tudo o que passou!
Apenas desculpem o desabafo!!
quarta-feira, março 10, 2010
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4 comentários:
Para sempre é uma bobagem, sim. Na vida nada dura para sempre e vive bem aquele que sabe caminhar junto com a vida. Agora, tem outro ditado que eu gosto muito: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Isto sim é uma verdade, porque por mais que novos feitos sejam experiências ruins, por outro lado são novas experiências e só de estar passando pelo novo já vale a pena. Mudar, as vezes, é necessário, por mais que o conforto da rotina o dê alento. Resta vc saber se é necessário, ou não.
Valeu pelas palavras Ed. Concondo plenamente. O importante é viver com todo o pacote que pode vir incluído. abraço.
Querido,
lembro-me que certa vez escrevi que toda estupidez que damos na vida carece, por princípio ontológico, de uma segunda chance para repará-la.
isso quer dizer: não é que o universo seja benevolente o bastante para nos permitir a redenção dos nossos erros, mas generoso o suficiente para nos permitir errar na gênese de nossos atos.
O que, automaticamente, nos pede o tal "replay". Todavia, o viveremos a partir de um patamar diferente, mais consciente do que estamos buscando.
Quando a cumadre Maria Cristina escreveu sobre as dúvidas do caminho, eu pensei sobre o tema e disse a ela que só aqueles que têm dúvidas sobre a trajetória são realmente os que estão caminhando. Ou seja, quem está parado não tem razões para pensar num caminho que não existe.
A vida é simples. Somos nós quem a complicamos cada vez mais. E não fazemos isso porque somos masoquistas, mas sim porque é da natureza das almas inquietas, das almas que buscam mais do que é oferecido, porque não se contentam com o pouco (visto por quem busca muito) ou até mesmo com o muito (visto por quem busca o inalcansável).
Tudo bem estar na primeira opção. Os problemas podem começar a surgir quando optamos pela segunda. Creio que, pelo que conheço em você e pelo texto que escreveu, que inanição e a falta de recado não se aplicam ao seu caso.
A vida é uma eterna adaptação. Ainda que mudemos, jamais deixaremos de ser nós mesmos, porque é esse ser que nos forma o principal agente da mudança. Por isso, não tenha medo de mudar, de arriscar, desde que o seu norte seja sempre a busca do seu bem-estar.
Podem parecer palavras gastas, mas para tudo na vida (exceto a morte) existe uma solução. Não se pode entrar numa disputa, por exemplo, com medo de sair perdedor. Apenas entre e aprenda novas formas de ver e, tenho certeza, as coisas vão se encaixando naturalmente.
Uma coisa é certa: o caminho certo é sempre o mais complicado, da mesma forma que nada é por um acaso. Faz bem replantear-se os planos, repassar os focos. Só as pedras sabem (se sabem) que serão pedras sempre.
Você não é uma pedra.
Fique bem.
Abraço e saudade,
Fellipe
Amigo, muito obrigado pelas palavras, sábias e no momento certo. Obrigadão. saudades.
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