sexta-feira, janeiro 29, 2010

Na mesa de bar

"Faltou luz mas era dia, e o sol invadia a sala..."
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."
"Eu não quero dinheiro, eu só quero amar..."

Será porque uns chopps a mais fazem a gente ficar refletindo? Até as músicas mais simples começam a fazer sentido, e se encaixam em algum momento ou outro da sua vida. Ou se não naquele mesmo momento.

"Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu..."
"É só isto. Não tem mais jeito. Acabou. Boa sorte."
"Eu desço dessa solidão. Espalho coisas sobre um chão de giz"

O que quero dizer é que a reflexão começa nas letras, e que as poucos vão se encaixando em uma parte da sua vida. Quem escreve estas músicas deve gravitar em outra esfera, para consegui captar as angústias da vida, e passar para as letras, e saber que uma pessoa na mesa de bar pode repensar a vida, e até tomar uma decisão importante.

O mais engraçado é que às vezes a gente canta sem enxergar a complexidade.

"Deixa a vida me levar... vida leva eu"
"Vou deixar a vida me levar... para onde ela quiser"
"Tente.. e não diga que a canção está perdida"

Esta combinação música e chopp merece uma reflexão maior.
"Garçom aqui nessa mesa de bar"

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Reflexões inacabadas

Parece um sonho, e quando acorda, tenta-se apegar nas recordações. Inutilmente porque nada volta. Quando estava em viagem, ficava admirando lugares e pessoas, como se fossem a última. "É para não esquecer". E tentava tirar fotos dos lugares para ajudar a memória a lembrar quando eu quiser reviver. O consolo é que um dia vou voltar e passar pelos mesmos lugares. Talvez eu e todo o trajeto esteja diferente. Não será a mesma Roma, Paris ou Berlim. Taí a graça da vida....


Quer dia mais desesperador do que a volta para o trabalho, e principalmente numa sexta-feira. O resultado é que eu perdi a senha do e-mail institucional, e ainda não desativei as férias. O mais estranho é que tinha entrado durante as férias. Deve ter sido um bloqueio mental. Depois de quase uma semana ainda não lembrei. A boa notícia é que já estou querendo voltar a trabalhar de verdade. O problema é que vem o Carnaval, e depois a Semana Santa...


Voltar ao Brasil, depois de uma viagem pela Europa, principalmente numa cidade como Barreiras, soa meio surreal. As lâmpadas da minha rua estão apagadas. Na conta telefônica tem uma taxa de iluminação pública. Em um dia a prefeitura conserta uma vala, e coloca um concreto, no outro tem um ônibus entalado no mesmo buraco. Colocam faixas de pedestres, mas não ensinam as pessoas a usarem. Não precisa nem comparar. E, mudando nem tanto de assunto, e a estrutura para a copa do mundo de 2014?

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Viajar é... mudar uma vida!!

Foram seis países, sete cidades, muitas horas esperando no aeroporto, muitos quilômetros andando, sempre com a idéia de descobrir o diferente, que estava em cada estátua, rosto, conversa, pessoa, esquina, quadro... Viajar é isto. É prestar atenção em detalhes, tentar gravar e nunca querer esquecer. É, ao mesmo tempo, desligar o piloto automático, e tentar tomar uma direção nunca antes desbravada, e que deve a partir de agora, integrar as ferramentas para melhor manobrar durante as crises. E saber aproveitar quando o céu estiver azul e claro.

Viajar é entender que se deve ter paciência com o diferente, e entender que a beleza do mundo é justamente esta. E que apesar desta diferença somos todos iguais, e que merecemos o mesmo respeito. É tomar cuidado com análises precipitadas, e que o pré-conceituar é a necessidade de se auto-afirmar. Viajar é saber também que tudo está certo, mesmo quando parecia que estava errado. É perceber que a única barreira é a falta de solidariedade com o ser humano.

Viajar é correr para ver um pôr do sol, porque vale a pena se despedir do dia, e receber a noite de braços abertos. Viajar é valorizar o que se conquista, e querer voltar para continuar a lutar. É perceber que está no melhor caminho que se poderia, mesmo com milhões de opções de escolhas. É saber que fiz o melhor com as armas que me foram oferecidas.

Visitar outros países me fez acreditar que posso ir para qualquer lugar, mas que estou (muito bem obrigado!!) no lugar certo.