quarta-feira, janeiro 26, 2011

Brasileiros em Bray

Antes de escolher a escola de inglês na Irlanda, e obviamente pagar, um dos pré-requisitos é que não tivessem brasileiros. Conversei antes na escola para me certificar. Quando entro no primeiro dia de aula, quem encontro, dois brasileiros. E depois descobri que na mesma escola, em Bray, tem cerca de 10 brasileiros. Fico imaginando em Londres, ou em Nova York.

Mas então, como não poderia ser o contrário, os brasileiros são muito legais, e as pessoas acabam se unindo pela nacionalidade. No entanto, em ATC em Bray, existem dois grupos de brasileiros, o que fala apenas em português, e outro que fala apenas inglês. Acabei neste último por questões práticas. Os brasileiros que estão na minha turma participam deste grupo, e porque vou ficar apenas um mês e tenho que aproveitar o investimento.

Tá ok. Abro uma exceção para a Natália, oriunda do Rio de Janeiro, mas que mora na França, com a mãe. aliás, ela pensava q eu era boliviano, chileno, ou algo parecido. porque eu não falava português. Acho que nem cheguei a falar nada na frente dela, mas tudo bem. Ela aliás nos chama de "Renegadores da Pátria".

A verdade mesmo é que sinto falta de me ouvir falar português (nunca pensei que diria isto!), e sinceramente estou mais tranquilo em relação a isto. Não vou deixar de aprender mais ou menos inglês se eu falar um pouco de português. By de way, sou brasileiro, moro no Brasil, falo português, e infelizmente não vou sair falando inglês fluentemente em 1 mês. Patience. One step at a time!

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Enfim, Bray, na Irlanda

Quando se viaja para outro país, o principal pensamento é: Será que vai ficar tudo bem na imigração? Ao menos é o que eu penso, e pensei desta vez que vim para Bray, Irlanda.

Estava com a documentação toda correta. Passaporte, passagens de ida e volta compradas, seguro médico de viagem, carta da escola, carta da família onde iria me hospedar, cartão de vacinação internacional, dinheiro no bolso, e nos cartões. Ou seja, tudo para comprovar que meu único objetivo na Irlanda é estudar inglês um mês e voltar ao meu País.

E apesar da crise econômica e política na Irlanda, não é que a imigração pegou pesado com nós brasileiros? Tive que mostrar "toda" a documentação, analisada de maneira bem "rigorosa". Pior do que quando passei pela imigração em Portugal e Inglaterra. E nós brasileiros fomos os últimos do vôo para chegar para pegar a bagagem. Sei que é o tipo de burocracia necessária, até porque está faltando emprego para os irlandeses, imagina para quem vem para arriscar algo aqui.


Além dos documentos, ainda especulou (tudo em inglês, off course!), e perguntou o que eu ia fazer na Irlanda? Se eu tinha lugar para ficar? Porque eu escolhi a Irlanda e não a Inglaterra para estudar? Aprendi que nestas horas o melhor é ser suscinto e objetivo. "I came to study english" "Is more cheap". Claro que tudo gaguejado, que quase não saia. E o medo do meu investimento todo ir por água abaixo na imigração irlandesa não saia da cabeça. E foi o melhor momento de todo o estressante vôo. Passar pela imigração.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

A medida da felicidade

Um ano novo começa, e com ele aquele sentimento, de que poderia fazer mais, e refletindo o que poderia ser melhor em nossas vidas. Final de ano todo o mundo pára, e as pessoas tem a oportunidade de pensar sobre a profissão, vida pessoal, e de em curto prazo, melhorar.Esta é a palavra - melhorar - como seres humanos, e em consequência, para o coletivo.

Claro que dinheiro é bom, e todo o mundo precisa, até para se autosustentar, mas existem outras condicionantes para medir a nossa felicidade. Apesar de ser um sentimento abstrato, e não conseguimos pegar, será que podemos medir a felicidade? E podemos planejar para se ter felicidade? Ou é algo de espírito?

Acredito que todas podem estar certas. Existem pessoas felizes por natureza. E nesta devemos nos inspirar. geralmente independe de cor, raça e credo. É mesmo um estado de espírito, e também são levadas pela escolha destas pessoas. E isto também está ligada ao que a sociedade considera moralmente eticamente. Ou seja, não é tão simples, e nem sempre está ligada a apenas uma coisa.

Caso a pessoa tenha saúde (deve ser por isto que todo o mundo pede isto no reveillon!), também podemos creditar aos relacionamentos familiares, fraternais, amorosos, profissionais, e até comunitários E isto independentemente depende das nossas escolhas, e que geralmente são cotidianas. O exercício é tentar melhorar em todas estes campos. Acredito que tentar dar atenção a todos eles, de forma igual, pode ser uma medida da felicidade. Agora vamos à dificuldade. Tentar compartibilizar tudo isto no dia-a-dia. Esta aí a diversão, não é?

Boa sorte aos navegantes terráqueos para que em 2011 consigam obter sucesso e felicidade!

sábado, janeiro 01, 2011

Reflexões de um grande ano

Em uma avaliação bem superficial, acredito que 2010 será um daqueles anos que nunca esquecerei.
- Conheci Londres, Paris, Lisboa, Roma, Barcelona, Madrid, e Berlim, tudo em um mës, e de quebra estive na companhia de pessoas inesquecíveis, mas que nunca mais verei, e de um grande primo amigo, que me fez ter dor de barriga de tanto rir, e também analisar sobre coisas que nunca pensaria;
- Fui ao meu primeiro inesquecível carnaval de Salvador, e percebi que posso ser muito mais feliz, quando todos estão juntos no mesmo espírito, e que estragar tudo isto é um desperdício;
- Estive no melhor São João da Bahia e da minha vida, em Macaúbas, onde conquistei amigos fiéis. Ah! E participei de quatro festas em um só dia, um grande recórde;
- Passei no meu primeiro concurso público, e fiquei na agonia de não ser chamado (ainda espero ser!)
- Vi minha irmã casando, e fiquei feliz pela maturidade das suas escolhas;
- Conquistei o respeito no meu trabalho, e finalmente me reconheci como liderança, e aprendi que ideais não podem ser transferidos e podem sim ajudar a trilhar uma nova direção;
- pedi demissão quando achei que eu era melhor do que admitiam;
- conheci grande parte do cerrado do oeste da Bahia, e descobri o quanto sou apaixonado pela minha terra, de quebra aprendi a retratar a vida por meio de fotografias;
- fui mais vezes a Salvador, capital da Bahia, em três meses, do que em toda a minha vida;
- vi alguém chorar de emoção por algo que ajudei a construir;
- recebi muitos elogios pelo meu trabalho, mas admiti a mim mesmo todas as falhas;
- Entrei em desespero por perder um amor, mas no momento certo me abri para recomeçar outro;
- me desesperei quando vi que estava perdendo laço com amigos que são para toda a vida, e tentei prontamente, e aos poucos, recuperar;
- Me abri mais para as pessoas que estavam ao meu redor, e para a minha surpresa, não me arrependi;
- Fui para mais festas este ano do que em toda a minha vida;
- Troquei as novelas pelas seriados de televisão;
- sofri com a morte trágica de um grande amigo, e refleti sobre a vida, e como podemos mudar a vida das pessoas;
- E principalmente tentei a todo o custo aproveitar a companhia de “grandes” pessoas, e aproveitar estas horas para passar o que melhor poderia, de mente e alma abertos.