segunda-feira, março 31, 2008

Quando encontro o destino

Estava na biblioteca, e me deparei com um livro chamado Notícias do Fantástico, de Luiz Gonzaga Mota. Antes que pensem que fala do programa dominical da Globo, esqueçam. Na verdade, o pesquisador analisa as notícias que fogem das bases empíricas racionalistas, aquelas sem explicação científica. Ele pretende provar que com as notícias que lidam com o insólito, com o fantástico, os jornalistas deixam perpassar em seu conteúdo uma maior subjetividade.

Não é disto que eu quero falar. Estou querendo falar de destino. Enquanto lia o livro, me deparei como um trecho, em que o autor tenta explicar o que é o fantástico. Ele justamente tenta fazer isto, ao dizer que é tudo que sai do cotidiano. Aquilo que não se prevê, mas que
em determinado momento pode mudar as nossas vidas. "O ser humano está em submetido à sensibilização cósmica mas, por outro lado, sentimos e conduzimos a nossa existência a partir de um centro próprio".

Esta foi justamente aquele trecho que me deixou intrigado. Fiquei horas pensando. Se existe algo que rege a nossa vida, uma força maior, algo que nos leva como uma nuvem, ou um vento forte, que nos empurra para a frente, qual seriam aqueles momentos que nos fazem mudar radicalmente o sentido das nossas vidas, que possam mudar o nosso destino? Comecei a pensar em algumas situações.

Quando eu sai de Barreiras, além de estudar e ter uma oportunidade de conhecer outras cidades, eu queria esquecer um grande amor. Hoje, isto parece uma besteira. Mas quando eu tinha 17 anos, aquela viagem parecia ser a salvação, uma oportunidade de fugir. Mal sabia que aquela decisão mudaria a minha vida. Não sei se morar em Goiânia estava escrito. A vontade de fugir me fez simplesmente parar lá.

Novamente, já estava com aquele mesmo sentimento daquela época. Sabe aquele sentimento de só querer fugir. E quando eu olhava em volta, estava tudo certo. Era algo diferente. De repente, recebo uma proposta para trabalhar em Barreiras, cidade onde nasci, depois de formado. Algo dizia que eu teria que vir. Apesar do calote que eu levei no trabalho (já estou cuidando do caso), consegui arrumar outro emprego. Sinto que era aqui que eu deveria está agora.

Apesar das dificuldades, não houve um segundo que pensei diferente. Está aqui era o meu destino, e vou fazer o melhor que eu puder, até que venha o próximo desafio. Sinto-me realizado por estar perto da minha família, dos amigos que venho conquistando, e dos meus trabalhos. Espero que na oportunidade da próxima viagem, esteja preparado, e saiba identificar, quando me ocorrer um acontecimento para mudar o meu destino. E que sempre seja para melhor.

Ps: Queria agradecer a Mary. Também pensei em vcs esta semana. Em toda o apoio que me deram quando precisei, e também ao João Camargo Neto, que aproveitou a ilha de Saint Simon Beach, e à grande companhia da Milva (ehehehhehe). O Eduardo já é de casa. Abraço a todos.

sexta-feira, março 14, 2008

Lost

Porque nem sempre tudo dá certo ao mesmo tempo? Sempre tem alguma coisa para angustiar e chatear as nossas humildes vidas. Não sou o tipo de cara que gosto de me preocupar. Porque já sou assim na essência. Quero passar a minha vida sem ter uma gastrite. Para isto faço tudo certinho. Por quê não fazem o mesmo? Quando eu faço um trabalho, gostaria de receber, de preferência em dia. Quando pago uma conta no bendito caixa eletrônica, quero que realmente seja paga. Quando não encho o saco de ninguém, quero que também não encham o meu.

Poderia ser simples, mas não é bem assim. Sei que apesar de estar em casa, deitado na cama, às vezes penso estar no meio de uma guerra fria. As bombas, numa mínima descontração, podem sair do imaginário subconsciente, e passaram a atacar os meus neurônios. Muitas vezes me sinto sem ação, perdido, e como gosto de pensar antes de agir (prá quê fui ler Descartes na faculdade?).

O fato que me sinto dentro de uma ilha belíssima, como no seriado Lost, mas sempre com a ronda do medo. Inclusive medo de achar a saída. Falando nisto, estou assistindo a série, isto quando não me acordam no meio da noite. Continuo sem entender muitas coisas. Já desisti. Só tô acompanhando mesmo. Quando chegar no fim da série, não vou dizer que já sabia, mas com certeza, vou dizer. "Só isto?". Espere que não me pense, e me preocupe tanto, para dizer isto da minha vida.

Abraços ao casal 20, Rodrigo e Erika. Parabéns pelos dois anos de namoro. Saudades de ser vela, de ir ao cinema com o casal. Mesmo que me peçam para fazer um texto depois. Risos.

sábado, março 08, 2008

É um sábado. Não tô a fim de fazer nada. Apenas deitar na cama e pensar na vida. Isto é sintomático, como diz a filosófa e amiga Lucimeire Santos.

sexta-feira, março 07, 2008

Método do objeto problemático

É difícil assumir. Esta semana poderia não existir no calendário. Nada contra o ano bissexto. Apenas a lua em netuno não ajudou definitivamente a minha semana. Já passei por piores. O eclipse deve ter atrapalhado. Esta talvez fosse a diferença. Neste dia, talvez, a escuridão atrapalhou a luz a entrar no meu quarto. Fiquei com vontade de desistir de tudo. Pegar um ônibus, e ir para o lugar mais longínquo. Está bem, se eu pagar as minhas contas mais urgentes, posso talvez chegar a Lençóis, na Chapada Diamantina, ou então mudar-me para o sertão da Piauí, bem no meio dele, onde parece não existir nada, só sequidão e poeira.

Já conheço o bastante da vida para saber que os meus problemas são ridículos. Admita. Não precisa criar uma tempestade num copo d´água. O eclipse parece continuar. Vou utilizar as minhas artimanhas pseudo-filosóficas. Vamos à receita:

- Pegue todo o objeto (no caso o problema), e veja-o em todas as dimensões;
- Tente dividir o problema em partes menores, a depender do seu tamanho. Caso ele não queria se dividir, estude-o mais;
- Depois de dividido, amasse o objeto durante duas horas, e depois deixe-o descansar;
- Neste entremeio, relaxe, tome uma ducha, assista aqueles programas idiotas, tipo Márcia Goldscmith, ou a Regina Volpato, para tentar simplificar o seu objeto. Case não dê certo, ligue a tv na Record à noite, naquele programa religioso, é cada objeto problemático;
- Perceba o objeto de forma simples;
- Pela manhã, acorde, lave o rosto , e escove os dentes, e vá ao problema. Amasse mais um pouco. Unte o objeto e ponha no forno microondas durante meia hora para assar;

Pegou a receita. Fácil não. Seria fácil, se fosse tudo resolvido desta maneira. Vou escutar umas músicas da Legião Urbana, ou então do Paralamas do Sucesso, para tentar animar o meu espírito. Desta forma, quem sabe, não saia logo na porrada com o pseudo-objeto filosófico, e acerte definitivamente os problemas com ele. Vale rolar no chão, enforcamento, chute nos peito, e umas voadoras na cabeça. Chega de lidar com os problemas de maneira intelectual. Tem objeto, que só mesmo, voltando aos tempos do cangaço. Precisa ser na base da pecheira, e resolver o problema no dente. Na base do bater... ou correr... Ou os dois ao mesmo tempo.

domingo, março 02, 2008

"Arrebatado" por Alicia Keys


Já assisti a duas temporadas de OC- Um estranho no Paraíso e mais duas de Lost. Quando, no auge da empolgação, tinha agendado para comprar a 1ª temporada de House, a vontade de ir na locadora passou, e de assistir aos seriados de forma compulsiva também. Agora acompanho apenas as temporadas das séries na tv aberta. Uma droga. Admito!! Nunca sei se estão encurtando as edições. Ou quando as edições se resvalam no meu sono, no caso de lost, ou quando estou com sede, e fico mais tempo na cozinha no caso das outras séries.

Agora o meu vício de momento é ouvir discografias inteiras de cantores, ou baixar cd´s e ouvi-los inteiro. Já foi Back to Black, da Amy Winehouse (ganhadora do grammy este ano. Realmente ótimo. Destaques para a badalada "Rehab", "Me and Mrs. Jones", "You know I´m not good" e "Just friends"), Cídia e Dan (aquele casal do Fama, que trouxe uma deliciosa coletânea de duetos, de consagradas músicas, como "Back at one", "Ain´t no mountain high enough", "you´ve got I friend", "the time of my life", e uma inédita tão ótima quanto os clássicos "love obeyed") e as trilhas sonoras de Moulin Rouge e Um lugar chamado nothing hill.

Nestas imersões musicais descobri tardiamente a cantora Alicia Keys. Puxa!!! Tô apaixonado. Fã de verdade. Até entrei em lista de discussões. Ela já ganhou 11 grammys, sendo que dois foram este ano pela canção "No One", do atual CD "As I am". Na apresentação do Grammy deste ano, Alicia interpretou em dueto virtual com Frank Sinatra, a canção "Learning the blues", e depois voltou aos palcos para apresentação de "No One", com a participação de Jonh Mayer. Um pouco mais pop do que os antigos cds, mas com a mesma alma de cantora que sabe o que quer. Todo o cd com ótimas canções, que ao som do seu piano, eleva a alma. As letras parecem sussuros que entram aos poucos. Quando se vê, já foi arrebatado.

Depois de "No One", está tocando nas rádios "Like you never see me again". O clipe já pode ser conferido no you tube http://www.youtube.com/watch?v=L-WZG-y2e9k. Segundo uma lista de discussões, a próxima pode ser "Wreeckless love" ou "Lesson Learned", com participação do Jonh Mayer". A minha preferida, música e letra, por enquanto é "Tell you something". Alicia canta e toca com a alma. Vê-la tocando e cantando músicas como "If I Ain´t got you" http://www.youtube.com/watch?v=rwfSK9Ru5iM (apresentação perfeita no Grammy 2005), "Falling" ou "Diary", "Wild Horses" (com Adam Levine) é assistir um artista compondo arte na indústria fonográfica.

Às vezes, parece que toca para quem está do lado, sem o mínimo esforço. Ela dedilha aquele piano, como se estivesse na sala de estar, tocando para os amigos. Fazia tempo que não sentia isto ouvindo música. As letras parecem saídas das ruas, das angústias sentimentais e amorosas, e que penetram o espírito pelo dedilhar do piano. Que venham mais surpresas nas incursões musicais. Aceito sugestões e dicas dos amigos. Pode ser para a próxima incursão musical. Esta semana já devo voltas às locadoras, não para as séries, agora para reprisar filmes antigos. Espero ser novamente arrebatado, como fui diversas vezes nesta última incursão musical.