sexta-feira, março 07, 2008

Método do objeto problemático

É difícil assumir. Esta semana poderia não existir no calendário. Nada contra o ano bissexto. Apenas a lua em netuno não ajudou definitivamente a minha semana. Já passei por piores. O eclipse deve ter atrapalhado. Esta talvez fosse a diferença. Neste dia, talvez, a escuridão atrapalhou a luz a entrar no meu quarto. Fiquei com vontade de desistir de tudo. Pegar um ônibus, e ir para o lugar mais longínquo. Está bem, se eu pagar as minhas contas mais urgentes, posso talvez chegar a Lençóis, na Chapada Diamantina, ou então mudar-me para o sertão da Piauí, bem no meio dele, onde parece não existir nada, só sequidão e poeira.

Já conheço o bastante da vida para saber que os meus problemas são ridículos. Admita. Não precisa criar uma tempestade num copo d´água. O eclipse parece continuar. Vou utilizar as minhas artimanhas pseudo-filosóficas. Vamos à receita:

- Pegue todo o objeto (no caso o problema), e veja-o em todas as dimensões;
- Tente dividir o problema em partes menores, a depender do seu tamanho. Caso ele não queria se dividir, estude-o mais;
- Depois de dividido, amasse o objeto durante duas horas, e depois deixe-o descansar;
- Neste entremeio, relaxe, tome uma ducha, assista aqueles programas idiotas, tipo Márcia Goldscmith, ou a Regina Volpato, para tentar simplificar o seu objeto. Case não dê certo, ligue a tv na Record à noite, naquele programa religioso, é cada objeto problemático;
- Perceba o objeto de forma simples;
- Pela manhã, acorde, lave o rosto , e escove os dentes, e vá ao problema. Amasse mais um pouco. Unte o objeto e ponha no forno microondas durante meia hora para assar;

Pegou a receita. Fácil não. Seria fácil, se fosse tudo resolvido desta maneira. Vou escutar umas músicas da Legião Urbana, ou então do Paralamas do Sucesso, para tentar animar o meu espírito. Desta forma, quem sabe, não saia logo na porrada com o pseudo-objeto filosófico, e acerte definitivamente os problemas com ele. Vale rolar no chão, enforcamento, chute nos peito, e umas voadoras na cabeça. Chega de lidar com os problemas de maneira intelectual. Tem objeto, que só mesmo, voltando aos tempos do cangaço. Precisa ser na base da pecheira, e resolver o problema no dente. Na base do bater... ou correr... Ou os dois ao mesmo tempo.

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