segunda-feira, dezembro 10, 2012

Pop perde espaço no Grammy 2013

E não é que a categoria que sempre teve destaque no Grammy perdeu espaço. Nenhuma das estrelas do show bizz  emplacou seus novos álbuns como Beyoncé, Madonna, Rihanna e Lady Gaga. A exceção fica com Pink (The Truth About Love) e Kelly Clarkson (Stronger), mas que não deve tirar a premiação de melhor álbum pop do favorito Fun (Some Nights). Ainda concorrem as bandas Maroon 5 (Overexposed) e Florence and The Machine (The Cerimonials).

Queridinha dos americanos, e vinda do primeiro American Idol, Kelly Clarkson deve vencer com o hit Stronger (What Doesn´t Kill You), em melhor performance pop solo, e deve bater com certa facilidade as concorrentes Adele (Set Fire on the Rain, live Albert Hall), Katy Perry (Wide Awake), Carly Rae Japsen (Call me Maybe) e Rihanna (Where Have you Been). É a única destas canções que concorre na categoria geral.

Fun vem forte para levar como melhor performance de um grupo ou dupla, com We are Young, que tem a participação da excelente Janelle Monee, mas podem ser surpreendidos por Gotye, com Somebody That I Used to Know, que divide os vocais com Kimbra. As duas canções ganharam bastante repercussão e carimbaram espaço durante algumas semanas entre os top 40 da Billboard. Florence and The Machine vem por fora com a belíssima Shake it Out (deveria ser indicada como canção do ano), e correndo por fora, Maroon 5, com Payphone.
 

Opine e veja a lista completa da categoria pop. http://www.grammy.com/nominees?genre=24





domingo, dezembro 09, 2012

"Antes de Partir" reflete a vida, escolhas e encontros


Pensar sobre a morte é avaliar o tempo. De forma antagônica, morte está relacionada ä vida, escolhas e encontros. Este é o foco do filme “Antes de Partir” (2007), que reuniu os astros Morgan Freeman e Jack Nicholson, para narrar o improvável encontro entre Carter Chambers (Freeman), casado e que trabalha há 46 anos como mecânico, e Edward Cole (Nicholson), um rico empresário dono de uma grande rede de hospitais.

Esta aí a primeira grande sacada do filme, ao promover o improvável encontro de duas pessoas com vidas opostas. Eles acabam dividindo um quarto de hospital para o tratamento de câncer em estágio terminal. Chambers é negro, pobre, e precisou abandonar a universidade para sustentar a família cuja esposa foi a única mulher em toda a vida. Já Cole é branco, rico, um “bon vivant” que desfrutou o melhor que o dinheiro poderia oferecer, casado várias vezes e com um difícil relacionamento com a sua única filha.

Estas diferenças vão todas embora quando eles passam a dividir o mesmo quarto de hospital e juntos descobrem que o câncer está em estágio terminal. Ao dividir dores e sofrimentos, eles decidem fazer uma lista com coisas que gostariam de fazer antes de partir. 

O dinheiro de Cole vai proporcionar muitos desejos para Chambers, o que nos traz as partes mais engraçados do filme com o pulo de paraquedas, e as viagens os lugares que ambos gostariam de conhecer. E a sobriedade de Chambers reconduzir Cole a repensar o relacionamento com a sua família.

Ponto,obviamente, importante foi a escalação de Morgan Freeman e Jack Nicholson, que perpassam äs telas o sentimento de amizade, e como ajudaram a salvar um ao outro no momento terminal da vida.

Impossível não se identificar com os personagens, por serem aqueles que carregam as dúvidas do caminho trilhado pelas nossas próprias vidas. Seguir sempre os nossos desejos e vontades, ou nos reprimir e em muitas vezes fazer o que é certo?

O final , no entanto, nos traz uma mensagem bastante previsível. Não é dinheiro, mas sim o comprometimento e os valores demonstrados por Chambers, que leva à felicidade.

Mais do que esta mensagem final, o filme abrange uma reflexão bem maior. São os encontros e as escolhas que determinam como desfrutamos e aproveitamos a vida. E ela, sem dúvida, cobra com juros e correção, por cada uma destas escolhas.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Indicações ao Grammy 2013 mostra diversificação entre estilos musicais

  É sempre interessante e dificil tentar classificar os melhores do ano. Na última quarta-feira,12, o concerto para a indicação do Grammy revelou a dificuldade em um ano não tão óbvio em relação aos lançamentos da indústria. Não houve nenhum fenômeno indicado ao Grammy, como aconteceu este ano, com Adele, que levou cinco gramofones nas principais categorias (álbum, gravação e canção do ano, performance e album pop).

Há, sim, a consolidação de artistas como The Black Keys, The Mumford and Sons, Jay Z, Kanye West, Dan Auerback, que lideram com seis indicações cada. E a abertura de espaço para novos talentos como Fun e Frank Ocean, com seis indicações cada. Esta edição deve reconhecer o talento de Kelly Clarkson, impulsionada pelo hit Stronger. A surpresa entre os indicados é Carly Rae Japsen, com a grudenta Call me Maybe.

Diante da diversificação de estilos e cantores que pulverizaram todas as categorias, fica muito difícil prever os vencedores da categorias do Grammy 2013.Por álbum do ano concorrem Black Keys (El Camino), Fun (Some Nights), Mumford and Sons (Babel), Frank Ocean (Channel Orange) e Jack White (Blunderbuss). Desta lista, Fun e Frank Ocean são os preferidos para levarem como revelação, ao concorrerem com Alabama Shakes, Hunter Hayes e The Luminers.


Concorrem nas categorias gravação e canção do ano, We Are Young (Fun) e Stronger (Kelly Clarkson) são as únicas indicadas às duas categorias, e podem ser consideradas fortes concorrentes. Completam a lista da gravação do ano, Lonely Boy (Bçack Keys), Somebody That I Used to Know (Gotye e Kimbra), Thinkin About you (Frank Ocean) e We are never getting back together (Taylor Swift). E como música do ano , seguem The A Team (Ed Sheeran), Adorn (Miguel Pimentel) e a surpresa das indicações Call Me Maybe (Carly Rae Japsen).Vamos às apostas? Abaixo o link com todos os indicados ao Grammy 2013

Veja lista no site do Grammy: http://www.grammy.com/nominees?genre=All


terça-feira, dezembro 04, 2012

Amy Winehouse e a música da alma


Em muitas vezes não é uma data , mas sim um acontecimento, que nos força uma lembrança. Ao assistir o documentário musical ‘Amy Winehouse: The Day She Came to Dingle’ , vem a tristeza pela morte da cantora. Ao mesmo tempo, a certeza de que existem aqueles “afortunados” que não precisaram de toda uma vida para marcar o nome na história.


Depois do álbum “Back to Black” , a contribuição de Amy à música já estava feita. E nem precisava dos Grammys ou de qualquer outro tipo de homenagem, mesmo as que acontecem depois da sua morte. O álbum é uma obra prima, que mostra uma voz rouca e um swing da soul dos anos 60 com uma mistura de jazz e uma pitada de rock e R&B. E com letras que nos fazem ir ao mais profundo de uma alma atormentada pela tristeza e solidão revelada pelas relações amorosas.

Vale muito a pena assistir o documentário musical sobre a presença de Amy Winehouse no festival de Dingle pois mostra a sua relação com a música e a sua arte, e as principais influências. Para quem gosta de música, ela será sempre lembrada como a entusiástica cantora que alentou a música de uma “Rehab”, nos fez apaixonar por “Valerie”, chorar junto com “Tears dry on their own” para finalmente entender que “Love is a losing game”. E ao assistir o documentário, nos faz lembrar o que importa: que música é arte e deve ser respeitada e entoada pela alma. 


Trailer do documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=2EKCp8_qlf0&feature=player_embedded#!  

segunda-feira, dezembro 03, 2012

"Um Dia" - Encontros e desencontros de uma alma gêmea

 A certeza insensata de que está nos reservado um grande amor ou uma alma gêmea é a linha mestra do filme “Um Dia”. E se não estivermos preparados para receber este grande amor? Esta pergunta perpassa a obra, baseada no romance homônimo de David Nicholls. 

O casal Emma e Dexter se conhecem depois de um encontro da festa de formatura em 1998. Deste encontro surge uma grande paixão e amizade, que por causa de uma série de fatores - dentre eles falta de comunicação, perspectivas diferentes e inseguranças – não deslancha para um relacionamento na lógica clássica com flerte, namoro, casamento e filhos.

Lançado há um ano, “Um Dia” tem uma narrativa diferente, ao mostrar o casal sempre no dia 15 de julho durante os próximos 20 anos que levaram para acertar os ponteiros. Ponto para a escolha do casal Anne Hathaway e Jim Sturgess, que apesar da química, por causa das idas e vindas, não podem explorar tanto este lado. O final devastador, e não exatamente feliz (muito próximo à “Cidade dos Anjos”), é o apice de uma narrativa entrecortada mas sem muitos picos de emoção.

“Um Dia” se enquadra como um drama que inquieta e nos faz refletir sobre as nossas próprias vidas. Afinal, a procura pela parceria de uma vida, que eleve, transforme e complete, é algo ainda presente no imaginário coletivo. “Um Dia”, por meio de Emma e Dexter, mostra que isto é possível, mas evidencia também as dificuldades e os medos que devem ser superados para viver um grande amor.


Veja outras críticas
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-178903/criticas-adorocinema/
http://omelete.uol.com.br/cinema/um-dia-critica/
http://www.cinemacomcritica.com.br/2011/12/um-dia.html  

terça-feira, novembro 20, 2012

Ser diferente incomoda

Tento entrelaçar dois laços que a primeira vista não se relacionam. O primeiro vem da data que lembra a Consciência Negra, comemorado hoje (20 de novembro) em todo o Brasil. O segundo é do assassinato com motivação homofóbica do jornalista goiano em uma praia próximo à capital Recife, em Pernambuco, no último fim de semana. Embora sejam diferentes em seu cerne - a raça e a orientação sexual - um componente parece vir à tona quando tratamos destes dois temas: o preconceito ao diferente!

Onde diz que as pessoas precisam vir iguais como em uma produção em série como produtos capitalistas com rótulos e manuais. A tendência à padronização nos leva a criticar o diferente. Sabe por quê?! O diferente é estranho. Não é identificável. O capitalismo não consegue encaixar pessoas assim em um grupo e tornar estes gostos rentáveis. O próprio sistema monta uma série de níveis hierarquizados onde precisamos nos encaixar ou nos ajustar.

E o drama de quem não consegue ou não se identifica com os padrões estabelecidos? Passo a largo dos dramas psicológicos e pessoais, por causa da dificuldade de medir, mas  analiso e recrimino qualquer atitude de quem esteriotipa e agride verbal ou físicamente para calar o diferente. E o pior, calar o diferente em sua essência, como no gênero, raça, cor e orientação sexual. Não é algo que se muda tão fácil quanto se compra um novo sapato e joga o antigo no lixo.

Zumbi dos Palmares levou os negros à uma libertação física, mas os negros lutam até hoje para competir com igualdade no mercado de trabalho, para assumir o cabelo e a própria identificação como afrodescente. Já o assassinato de Lucas Fortuna, que sempre lutou nos bastidores pela igualdade e contra o preconceito, como comprova os seus trabalhos na fundação da Colcha de Retalhos e como diretor de instituições ligadas à criminalização da homofobia. Lutar contra o padrão pré-estabelecido é difícil. Mais ainda é lutar pela liberdade de ser o que quiser e o que se pode ser.  

Só espero que no futuro não precisemos mais de dias específicos para valorizar o diferente, tampouco precisar velar por aqueles que lutam pela possibilidade de ser diferente. Até porque, ser diferente incomoda não é, que o digam Zumbi dos Palmares e Lucas Fortuna.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Da época da moitinha

"Sou da época da moitinha. Os tempos estão mudando rápido demais". Foi em tom de brincadeira quando comentei um post no facebook com foto que circula nas redes sociais de um casal que fazia sexo explícito durante o Caldas Country, que aconteceu no último fim de semana, em Caldas Novas.

A primeira análise deturpada de quem olha a foto é de que o local se transformou em uma verdadeira bagunça, uma "pegação geral". O que de fato (obviamente!) não aconteceu. Quando falo "moitinha", não falo apenas do primeiro lugar mais discreto para aliviar as tensões sexuais decorrente de uma festa regada a bebida,  falo da privacidade, e da superexposição a momentos que antes eram da intimidade.

Esta barreira entre público e privado , ou seja, o que deve ser exposto, e o que pode vir a ser do coletivo, anda se desestabilizando. Está muito estreita e tênue a linha que separa o público do privado. E nesta cadeia da informação vem o desejo de quem se expõe, de quem publica e dissemina e de quem consome a informação.

O que antes acontecia, entre quartos paredes, pode cair na internet, a exemplo do caso da atriz Carolina Dieckman, que teve as suas fotografias pessoais furtadas. Isto impõe com que os temas intimidade e privacidade entrem na pauta de discussão. E levanta a necessidade de serem criadas uma moral individual em detrimento do coletivo principalmente do que se expõe nas redes sociais, em que a possibilidade da informação se tornar um viral é grande.

Como se comportar em ambientes públicos com a disseminação de máquinas e celulares? O que eu devo curtir, disseminar ou me comportar nas redes sociais e quais informações eu devo deter meu tempo?

Não adianta criticar a superexposição desenfreada de exibicionistas durante o evento. É necessário um posicionamento individual de que tipo de conteúdo expor e disseminar. Estas são perguntas de foro íntimo, cujas atitudes nas redes sociais, vão influenciar sua imagem pessoal e profissional.


quarta-feira, novembro 14, 2012

Segunda temporada de X Factor prende atenção da audiência na fase final

  Quando se fala em show business e entrenimento, os norte-americanos são mestres! Ao chegar na fase final com os shows, a segunda temporada norte-americana do programa X factor, veiculado no Brasil pela Sony, consegue prender atenção da audiência com performances dignas de prêmios televisionados como Grammy ou VMA (da MTV).

O programa continua a mesma estratégia de divisão de grupos com os jurados se dividindo na orientação, sendo também chamados de “mentores”. E assim, conseguem se diferenciar dos similares "The Voice" e "American Idol". Os dois principais jurados, que continuaram nesta temporada, Simon Cowell e L.A. Reid, continuam a se engalfinhar, o que garante momentos engraçados, e outros constragedores, ao atacarem a apresentação dos protegidos dos concorrentes.

Nesta segunda temporada, nos Estados Unidos, a grande sacada foi investir em dois nomes de peso, como Demi Lovato e Britney Spears! Embora bastante inseguras nas avaliações, e repetitivas em outras, elas conseguem imprimir apresentações atuais com coreografia e figurinos elaborados junto aos seus grupos. E assim como elas, os seus protegidos conseguem esconder imperfeições vocais do público.

Ponto neste caso para Britney Spears, que por incrível que pareça, sabe o que está fazendo nas orientações, e vai sair do programa com a imagem ainda mais consolidada. Peca pela discrição e por não querer se indispor com os outros jurados, ao contrário de Lovato.

Sobre os concorrentes, a grande diversidade de estilos agrada e deixa o programa ainda mais interessante. Para terminar, vamos às melhores apresentações (apenas uma opinião, obviamente!) para chegar ao top 5 – Jenel Garcia, Paige Thomas, Beatrice Miller, Carly Rose e Tate Stevens. Os representantes masculinos e os grupos não se saíram bem!

segunda-feira, novembro 12, 2012

Envelhecer deveria ser algo natural... mas...

 Como naquela frase que todos uma vez na vida já repetiram. “Nascer, crescer, amadurecer ,reproduzir, envelhecer e morrer”. Envelhecer deveria ser algo natural... mas não! Começamos a nos desesperar com os primeiros fios de cabelo branco, com as rugas, e enfim com a bendita frase. “Tio, o sr. pode passar esse cardápio”. Apesar de achar que não, sim, as pessoas envelhecem, para o bem ou para o mal.

Embora se preparem objetivamente para esta questão, ao aplicar parte da renda na aposentaria, as pessoas precisam se acostumar simbolicamente com o futuro na velhice. Assim como uma doença ou uma praga que leva as pessoas a se afastarem, ou numa mera substituição de máquina, a atual sociedade rejeita abruptamente o velho, e abraça envaidecido o novo. São notícias o novo livro, o novo celular, o novo carro, que nos ajuda a marcar o tempo que hoje passa tão rápido.

E o velho?! Boa pergunta! Ninguém (eu digo ninguém!) está preparado a estar velho ou lidar com velhos! Enquanto isto, vamos apenas repassando a mensagem ao cerébro, repelindo a imagem do envelhecimento, e apenas refletimos quando o fatídico número está no bolo de aniversário, ou algum novo acidentalmente nos chama de “velho”. Sim, porque, os eufemismos estão aí para nos fazer esquecer, e nos enchem de bela idade, terceira idade, melhor idade, e deixamos de encarar as doenças crônicas e degenerativas.

Tratar os anos como uma dáviva, reconhecer falhas e acertos, e saber o lugar na sociedade e não precisar provar nada para ninguém deveria ser algo recorrente. Assim, o futuro poderia ser encarado de forma menos solitária, e amparado pelo pouco que se junta para bancar remédios para aliviar dores e as doenças degenerativas. A regra hoje é afastar os velhos do trabalho, porque todo o conhecimento estará defasado, da família, para abafar histórias chatas do passado, dos amigos, que estarão presos em suas casas, ou mortos.

Tudo porque a nossa sociedade (e ninguém!) não está preparada, ou sequer pensa, em lidar com a velhice! Embora tenha aprendido que o estado final é a morte, e que antes dela vem a velhice, ainda estou aprendendo e me preparando para lidar com esta realidade. Embora seja algo que vamos precisar pensar, vamos adiando como notícia ruim ou aquele trabalho de dificil aceitação. Adiar a pensar na velhice é tirar a nossa responsabilidade do futuro, deixando ao acaso o que vier.





sábado, novembro 10, 2012

O que Lady Gaga pode ensinar às grandes corporações?


“Estou mandando hambúrgueres, fritas e coca-cola. Amo vocês, monsters”. Esta foi a mensagem que a cantora norte-americana, Lady Gaga, encaminhou aos 200 fãs juntamente com lanches do Mcdonald´s, distribuídos na porta do hotel onde está hospedada. Em seu primeiro dia no Brasil, a cantora, que inicia a sua turnê no Brasil, a partir de 09 de novembro, no Rio de Janeiro, também estampou uma bandeira “I love Rio”, ficou seminua enrolada em uma toalha e jogou biscoitos pela janela.

Além de agradar os fãs e facilitar a vida dos paparazzi, com estes gestos aparentemente simples e autênticos, continua a personificar uma imagem bastante sólida. O que ajuda a elevar o seu potencial como estrela pop e, obviamente, vender toda uma linha de produtos. Neste sentido, Lady Gaga pode ser considerada um verdadeiro “case de sucesso” ao identificar e reforçar uma nova comunidade, arregimentando uma nova legião de fãs – intitulada little monsters [na tradução literal, mostrinhos] reforçando o poder da sua marca pessoal , impulsionando os negócios.

Quando se fala em sucesso de marketing, Lady Gaga vem dando um verdadeiro “show” nas companhias. Vamos aos números? Mais de 35 milhões de amigos no Facebook e 10 milhões de seguidores do twitter, 23 milhões de álbuns vendidos e 64 milhões de músicas comercializadas na internet. E sem falar no reconhecimento ao levar 5  Grammy e 13 MTV Music Awards, além de ser considerada “Artista do Ano 2010” pela Billboard.

No artigo “Cinco Coisas que Lady Gaga pode ensinar ao marketing sobre construir comunidades”, de Lois Marino, aponta a autenticidade na condução da comunicação com os seus públicos estratégicos, as gerações Y e Z, também chamada geração da Internet (nascidos depois da década de 78). A marca característica destes públicos é que eles odeiam desonestidade, e quando se tornam leais, viram verdadeiros defensores da marca.

E Lady Gaga demonstra esta autenticidade nas apresentações, quando enaltece os fãs, e fala que deve tudo a eles, ou quando se veste de carne em uma apresentação, e dialoga com o público frequentemente nas redes sociais. Ela consegue sem muito esforço criar uma noção de comunidade frequente em agremiações esportivas, principalmente no futebol, ocasionalmente no show bizz, e quase nunca nas grandes corporações.

Como transformar o público e clientes em comunidades que abraçam produtos ávidos por novos lançamentos, e que defendem a marca diante de qualquer ataque nas redes sociais? Marino entende que marcas, como Gaga, tem que agir pequeno, mesmo se eles são muito grande, ou seja, precisa criar uma personalização e entender as necessidades em seus públicos. Ao analisar alguns fatores do sucesso de Lady Gaga, ele cita a união de um grupo em torno de um interesse comum, compartilhamento do sentimento de vulnerabilidade, tratar o consumidor como chefe, criar uma experiência coletiva, tornar-se uma empresa melhor através da comunidade.


Ao ouvir, ver um show, ou mesmo curtir a página da Lady Gaga no facebook, o fã carrega todo o simbolismo do consumo semelhante à escolha do arroz no supermercado ou daquela roupa na loja de departamento. Esta troca de experiência e a relação dos clientes com a marca, em suas hoje infinitas possibilidades de contato, são momentos únicos que artistas como Lady Gaga compreenderam tão bem e fazem com maestria e desenvoltura. Embora trabalhem com grandes profissionais de marketing que valorizam e investem na associalização do consumidor à marca, as corporações ainda precisam aprender na prática com Lady Gaga como transformar clientes e públicos em verdadeiras comunidades.

sexta-feira, julho 27, 2012

Sexta-feira é o início de tudo!

Sexta-feira desperta um sentimento diferente. Principalmente, e obviamente, se você não precisa acordar cedo no sábado para trabalhar. É meio que o início de uma felicidade temporária com dias e horas para acabar. Não vim aqui para falar da segunda e sim da Sexta-feira. Retornando... Sexta-feira começa o início de uma vida sem despertador, rotina, e ter que fazer tudo padronizado (acordar, trabalhar, voltar para casa, dormir, por exemplo!). Independente da carga e do estresse de uma sexta-feira, eu sei que posso chegar em casa e fazer o que eu quizer (ou quase tudo!) durante dois dias inteiros. 

Personalidades que sofrem com a rotina consideram estes dias um verdadeiro alívio (continuo com a mão levantada!). Mesmo que o fim de semana reserve apenas uma cama, um bom fillme ou colocar aquele livro em atraso, já vale a pena, principalmente pela fuga do convencional. Se a Sexta vier acompanhada, a depender do estado de ânimo, de uma boa festa, um ótimo encontro com os amigos, melhor ainda. Ou seja, sexta-feira é o início de tudo... E numa frase bem norte-americana, Thanks God It´s Fryday (TGIF). Então, Graças a Deus é Sexta-feira!!

http://www.youtube.com/watch?v=KlyXNRrsk4A




quinta-feira, julho 26, 2012

Coisa boa é ter saudade, né não?!


Saudade do tempo de infância quando se andava de bicicleta;
Do tempo que demorava passar;
Do sabor do sorvete que vinha como um presente;
Do primeiro óculos para ver o mundo diferente.

Saudade dos torneios e gincanas no colégio;
De “matar” aula para ficar conversando no corredor;
De brincar de polícia e ladrão, de adedonha, de garrafão;
De esperar o sol esfriar para brincar de bola na rua.

Saudade de uma longa conversa no ônibus interrompida por aquele “ponto” que chegou depressa;
De saber que podia contar com um bom papo ao mesmo tempo que perdia no “buraco”;
De saber que a gente brigava, mas que daqui a pouco voltava a se falar;
De compartilhar visita, cerveja e comida, dormir tarde e acordar cedo no outro dia.

Saudades infinitas das pessoas que maravilhosamente compartilharam as suas vidas comigo.
É aquela saudade boa, que bate de vez em quando, para olhar com gratidão aos companheiros de viagem com eu cheguei até aqui.
Uma saudade agradecida e que me leva a querer viver mais para ter momentos como este.

E uma coisa eu digo. Coisa é boa é ter saudade, né não?
Porque só tem saudade quem viveu coisas boas.




segunda-feira, julho 23, 2012

A religião que vira negócio


Um dos mais fortes mandamentos divinos anda sendo aviltado constamente. Antes restrito aos círculos mais privados e em cerimônias religiosas, falar o nome de Deus se tornou agora uma constante agressão e desvirtuamento do que seja sagrado. Em uma comparação bastante grosseira, com outro mandamentos (não roubar e não matar, por exemplo), o que vem acontecendo é uma verdadeira chacina e e uma extorsão. Utiliza-se, atualmente, da religião (qualquer que seja) e o nome de Deus para promoção pessoal, esconder erros e defeitos, e o que é pior, obter rios de dinheiro em cima da fé alheia.

Criminosos com ficha corrida extensa tornam-se mensageiros de Deus. Artistas que em declínio na carreira voltam a ser notícia evocam o nome do “Senhor” para virarem notícia. Políticos que utilizam o nome de Deus para ocuparem cargos públicos. Religiões que desrespeitam o mínimo de uma conduta ética ao chutarem santas, fazerem ilusionismo, rituais e encenações para enganar novos fiéis, além de uma louvação sem fim (de católicos, evangélicos e outras tantas) ligadas ao “gospel business”.

É também comum as religiões começarem eleger os seus membros e influenciar nas regras e leis brasileiras de um conservadorismo que nem mesmo os seus seguidores conseguem respeitar. A gota d´água é a ex-primeira dama Rosane Collor vir à televisão arrependida contando que o ex-presidente realizava rituais de magia negra, tudo para vender o seu livro e o que mais lhe aprouver para os próximos fiéis. Isto sem falar em criminosos condenados por crimes bárbaros como Suzanna Von Richtoffen e Guilherme de Pádua que também pregam o nome de Deus.

Diante de tudo isto, apesar de vivermos em um Estado Laico, está na hora de investigar melhor o negócio religioso. Se uma religião cobra mensalidade dos clientes, utiliza do marketing mais agressivo contra a concorrência e investe em múltiplas filiais é preciso uma cobrança em relação aos serviços prestados, respeitando a legislação brasileira, e no mínimo, recolherem impostos e pagar funcionários. Triste mesmo é saber que algumas religiões funcionam como empresa, olhem Deus e a fé como um “produto” e o que o conteúdo da Bíblia seja interpretado ao bel prazer a quem quer apenas “faturar”. E que Deus nos ajude a separar o joio do trigo.

terça-feira, julho 10, 2012

A força de Stieg Larsson

A relação entre filmes e livros transforma a comunicação de um mesmo produto midiático. Apesar da adaptação para os cinemas da trilogia Millenium ter sido lançada na Suécia, país do autor Stieg Larsson, somente me detive nesta poderosa obra com a versão norte-americana do diretor David Fincher,  que lançou no ano passado o primeiro filme baseado no primeiro livro da trilogia "Os Homens que não Amam as Mulheres". Ao ler também "A Menina que Brincava com o Fogo", fica claro que a força do roteiro e estabelecida com o enredo do livro de toda a complexidade repassada de maneira fácil e didática pelas diferentes histórias criadas por Larssom. E obviamente já está nos planos a leitura do terceiro livro da trilogia "A Rainha do Castelo de Ar".

Este é sem dúvida um thriller de investigação acima da média, mais pelo enredo e pela força dramática e psicológica da heróina Lisbeth Salander (vivenciado de maneira viceral nos cinemas por Rooney Mara, indicada ao oscar de melhor atriz pelo papel). Em meio a diálogos poderosos, uma narração detalhada e impactante das cenas, e principalmente pela diversidade de focos narrativos, Larssom nos traz em seus livros a história de Lisbeth Salander - à princípio pintada como uma perturbada com dons de investigação e alta memória fotográfica - que ajuda o jornalista Mikael Blomkvist - julgado culpado por denúncias equivocadas na revista Millenium - a descobrir as causas do sumiço de uma jovem, neta de um milionário banqueiro.

Este é só o início e para quem quiser saber o final surpreendente apenas se debruçando sobre o livro ou vendo o filme. Larsson trabalha com uma complexidade os personagens e ao beber na fonte da literatura "noir" com uma atualização moderna ao discutir temas intrínsecos à sociedade como violência, agressão contra mulheres e corrupção. Da sua formação jornalística, o autor insere com maestria temas relevantes e bastante atuais como crimes cibernéticos e a relação bastante lisonjeira entre a imprensa e fortes grupos econômicos, criando um plano de fundo complexo, mas bastante amarrado com os personagens.

Ou seja, se o filme é de tirar o fôlego, os livros são nitroglicerina pura, com bastante reviravoltas. Recomendo para quem quer uma literatura divertida e informativa, bem como reflexão acerca de temas relevantes dos dias de hoje. Ver o filme não invalida a experiência de ler os livros, uma experiência com certeza enriquecedora.

sexta-feira, julho 06, 2012

As redes sociais e impacto no real


As redes sociais estabelecem novas formas de agir e interagir no mundo social, alterando as percepções e as relações sociais, embora fique cada vez mais dificil precisar como os conteúdos simbólicos socializados na rede impactam os indíviduos. Sabe-se, no entanto, que a recepção das formas simbólicas implicam em um processo contextualizado e criativo de interpretação. E que obviamente possuem ressonâncias claras e grande impacto no mundo real.

É só lembrar de protestos gerados pelas redes sociais como o “Churrasco da Gente Diferenciada”, em maio de 2011, para defender a criação de uma estação de metrô em Higienópolis, em São Paulo (SP) quando os moradores do bairro se mostraram contrários, alegando uma espécie de “popularização” da área. Ou mesmo a condenação a 1 ano, 5 meses, e 15 dias de prisão por crime de racismo por uma estudante de direito que divulgou na rede social Twitter a seguinte mensagem: “Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!”.

Diferente de um processo de comunicação face a face, em ambos os casos houve manifestações de um produtor da informação, que ao emitir sua opinião desconsiderou que a informação seria “afastada do seu contexto, tanto no tempo quanto no espaço, e reimplantada em novos contextos que podem estar situados em tempos e lugares diferentes”. Ou seja, avaliou que não seria lido e que sua opinião não teria importância. Ledo engano. Uma “massa” midiática se levantou contra o preconceito social e racial “. E que a fiscalização descentralizada e entre os usuários da própria rede continue!




quinta-feira, julho 05, 2012

A tormenta de uma nova fase

Alguém aqui acredita em astrologia, horóscopo, mapa astral, signo, ascendente, descendente, ou o destino regido pelas estrelas ou coisa que valha? Pois bem, nada e nem ninguém me provou que isto funcione (até agora, pelo menos!). Sempre fui de achar que destino se cria nas pequenas atitudes e ações. Evoluindo mais o raciocínio e onde quero chegar. Aniversário chegando e vai chegando novamente a mensagem interior que diz. "Vamos, algo precisa ser feito, mude!" E eu respondo: "Mudar o quê?!, cara pálida!".

Mudança do ano astral? Coincidência ou não, acredito que é melhor mudar quando se está tudo está indo muito bem! Sabe por quê? Crises reconhecemos antes mesmo do barco começar a balançar mais forte com o balanço das ondas. E mudar de forma planejada é o ideal. Vou então diminuir o passo, continuar a remar, mas com muita atenção. Quem sabe o porto dos meus sonhos seja outro?! E quem sabe a solidão do mar comece a fastigar?! E quem sabe é preciso reforçar a proa e o convés?!

É aniversário chegando, e de presente gostaria de um pacote "sabedoria com algumas pistas". É tempo de mudar e ir para um novo caminho. Ou mesmo, seguir outro manual de navegação ou aprender a navegar diferente. Parabéns para quem está em mares calmos, mas gosto mesmo é da tormenta e dos mares nunca antes navegados! Que venha uma nova fase!

terça-feira, julho 03, 2012

Contrastes de uma viagem de férias

De volta ao trabalho depois de umas férias de 1 mês. E posso dizer que foram realmente muito proveitosas. Passei por cinco países - Argentina, Chile, Portugal, Espanha e França - e aproveitei a eterna a minha companhia bem como a de grandes amigos. Duas experiências diferentes e ao mesmo tempo marcantes.

Para a Argentina e Chile, na América do Sul, foram 14 dias de um inverno, em que o principal compromisso era "eu mesmo". Ou seja, acordar sem despertador, tomar um longo café demorado com um livro na mão (On the Road, do Jack Keroach) inspirado pelos argentinos, andar de bicicleta para um tour nas famosos vinhedos de Mendonza, e ficar realmente deslumbrado pela poética "Nerudiana" de Santiago.

Em Portugal, Espanha, e França, na Europa, ao lado de amigos, sabia que onde quer que se iria, seria uma jornada no mínimo engraçada e divertida. Embora tivesse que acordar cedo (geralmente por volta das 6h30), e ser extremamente guiado (contrariando os princípios do mochileiro!), o esquisito verão europeu ( por ver o sol se pôr às 22h e pela alta variação de temperatura) iluminou os sorrisos e os nossos caminhos. 

As lembranças do período das navegações em Lisboa, a religiosidade de Fátima, os imponentes monumentos de Bordeaux, as brisas da praia de Sán Sebástian, o calor que leva os espanhóis a curtirem as ruas de Madri, e o surrealismo que nos leva às altura da Torre Eiffel das mais magníficas da cidade, Paris. E agora, bate uma saudade do tempo que não volta mais, e que fica apenas na minha mente e no meu coração. E que assim seja!







segunda-feira, junho 11, 2012

Na solidão de uma viagem!

Viajar é se perder em um horizonte interior. Querer se encontrar com os outros, mas ao mesmo não querer encontrar-se consigo mesmo. Ao final da primeira parte da minha trip de férias (sim, esta é a parte solitária!), percebi que quero mesmo é esquecer do que eu já fiz e do que deixei de fazer e como estas decisões implicaram (para o bem ou para o mal!) a vida das outras pessoas.

Quero desconfigurar o tempo, torná-lo mais rápido ou mais devagar, de acordo com a naturalidade das situações. É sentar numa praça para ler um livro, fazer um pequeno livro durante 45 de pensamentos soltos e desconexos, é ler em voz alta para eternizar o momento para todo e sempre. É responder ao ritmo das pessoas, é se fechar ou se abrir, sem nenhum tipo de expectativa, é obviamente, apenas refletir o momento.

É estar sozinho andando por um lugar antes desconhecido, e sorrir por saber que nos pensamentos as melhores pessoas do mundo estão lá. Viajar, principalmente sozinho, é não ter direção, se fixar no mapa, mas ser tomado de uma súbita consciência de que o certo é a direita, e não a esquerda (ou vice e versa), e que o caminho de amanhã será melhor que o hoje. É cantar alto para que as pessoas escutem e não entendam exatamente nada.

Viajar é confiar que tudo vai dar certo, e que daqui a poucos dias, vou acordar na mesma cama de sempre, darei o mesmo bom dia aos meus pais, brincar rápido com o cachorro, porque preciso escovar os dentes para ir ao trabalho. E principalmente, é querer sempre está ao lado de quem se constrói o caminho, torto e muitas vezes triste, mas verdadeiro. E de ter a absoluta certeza de que vida boa é a vida compartilhada, até mesmo na solidão de uma viagem!

Trilha: Buenos Aires - Mendoza - Santiago