segunda-feira, novembro 19, 2012

Da época da moitinha

"Sou da época da moitinha. Os tempos estão mudando rápido demais". Foi em tom de brincadeira quando comentei um post no facebook com foto que circula nas redes sociais de um casal que fazia sexo explícito durante o Caldas Country, que aconteceu no último fim de semana, em Caldas Novas.

A primeira análise deturpada de quem olha a foto é de que o local se transformou em uma verdadeira bagunça, uma "pegação geral". O que de fato (obviamente!) não aconteceu. Quando falo "moitinha", não falo apenas do primeiro lugar mais discreto para aliviar as tensões sexuais decorrente de uma festa regada a bebida,  falo da privacidade, e da superexposição a momentos que antes eram da intimidade.

Esta barreira entre público e privado , ou seja, o que deve ser exposto, e o que pode vir a ser do coletivo, anda se desestabilizando. Está muito estreita e tênue a linha que separa o público do privado. E nesta cadeia da informação vem o desejo de quem se expõe, de quem publica e dissemina e de quem consome a informação.

O que antes acontecia, entre quartos paredes, pode cair na internet, a exemplo do caso da atriz Carolina Dieckman, que teve as suas fotografias pessoais furtadas. Isto impõe com que os temas intimidade e privacidade entrem na pauta de discussão. E levanta a necessidade de serem criadas uma moral individual em detrimento do coletivo principalmente do que se expõe nas redes sociais, em que a possibilidade da informação se tornar um viral é grande.

Como se comportar em ambientes públicos com a disseminação de máquinas e celulares? O que eu devo curtir, disseminar ou me comportar nas redes sociais e quais informações eu devo deter meu tempo?

Não adianta criticar a superexposição desenfreada de exibicionistas durante o evento. É necessário um posicionamento individual de que tipo de conteúdo expor e disseminar. Estas são perguntas de foro íntimo, cujas atitudes nas redes sociais, vão influenciar sua imagem pessoal e profissional.


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