quinta-feira, junho 30, 2011

Choque organizacional

Já se foi a época em que as pessoas trabalhavam a vida toda em um único emprego. E mesmo todas as garantias tão buscadas em um emprego público já começam a parecer insuficientes. Além dos problemas trabalhistas costumeiros como salários, falta de um plano de cargos e salários, ou mesmo gratificações, as empresas sofrem com a falta de mecanismos gerenciais para potencializar as qualidades dos seus funcionários.

Nos dias em que a internet e os veículos de comunicação se movimentam para facilitar as tarefas do dia-a-dia, as empresas se prendem às rotinas da década de 50 do século passado. E o choque entre os novatos do mercado que almejam produzir e realizar se perde no automação do simples apertar de botões, incluindo o ponto digital que rastreia a hora da entrada e saída dos funcionários.

Para as funções que trabalham com criatividade e inovação, estes tipos de empresa acabam forçando o funcionário a conduzir rotinas velhas e pobres, que não agregam à solução de problemas com menos tempo e custo. Ou seja gasta-se muito, principalmente o tempo dos funcionários, para se render quase nada. E a frustração de quem gostaria de "realizar" se perde no tic tac do relógio para bater o ponto. E ainda perguntam porque existe uma grande rotatividade de funcionários nas empresas sejam privadas e públicas.

quarta-feira, junho 29, 2011

Síndrome do "tanto faz"

Todas as vezes que me chamam para uma palestra ou debate, sempre me pergunto se vou acrescentar algo na vida de quem está ali. Pode ser pretensão, mas acredito que uma reflexão pode ser mais saúdavel do que mil teorias. A primeira coisa que perguntei ontem aos estudantes de contabilidade da FAAFH, em Luis Eduardo Magalhães, foi ."O que vocês estão fazendo aqui?". As respostas variavam entre não tinham opção, ou porque gostavam de matemática, e poucos aprenderam a gostar a está ali naquele ambiente acadêmico para aprender teorias da contabilidade.


Começo a achar que poucos são aqueles que sabem que direção trilhar. Não digo que devemos conhecer todos os passos da nossa vida, mas deveríamos minimamente planejar sua vida, sua carreira, e os seus relacionamentos. E infelizmente para isto, precisamos saber onde estamos e onde queremos chegar. Note que muitas vezes a vida nos obriga a mudar de rumo, mas aí devemos re-planejar, e novamente nos posicionar. O que não se pode é ficar parado , esperando alguém definir por nós.


E pelo pouco que já conheço das novas gerações, não acredito que eu seja um "sortudo" por saber desde cedo o que eu queria, e nem acho que eu seja exceção, mas sinto que hoje exista uma epidemia de falta de coragem, que se reproduz na síndrome do "tanto faz". O que eu quero ser quando crescer? Onde quero trabalhar? Prefere azul ou roxo? Pizza ou bolo?


E infelizmente daqui a pouco chegaremos no momento em que teremos cursos de como ensinar as pessoas a viverem, balizado da didática dos livros de autoajuda. Nada contra, mas incomoda saber que isto anda generalizando. E só bato na madeira para que isto seja uma falsa impressão ou que não se espalhe.

segunda-feira, junho 27, 2011

Um São João diferente!

E o São João começa a ganhar outras características. No dia 23 de junho, em Macaúbas, na região central da Bahia, continuam as bandeirolas e as fogueiras nas frentes das casas. E todos saem para comemorar a data com os vizinhos e amigos com muita comida típica. A festa na cidade, assim como em muitas outras da Bahia, incorporou a atração de turistas. E para isto não poupou esforços, e conseguiu.

Lotou a tradicional praça da Igreja Matriz com cerca de 30 mil pessoas para assistir ao show da cantora Paula Fernandes, atualmente umas das sensações da música brasileilra, e a dupla Milionário e José Rico, que ainda encanta os mais saudosista. Para os mais animados, e com referência ao axé, e direito a abadá (veste tradicional do carnaval da Bahia) e fechado por cordas, o bloco "Tô quentão" traz durante três dias as estrelas da bandas de forró em cima de um trio elétrico, e entoa hinos do São João em um ritmo que não deixa ninguém parado.

E para quem ainda não contentou, mais festas são organizadas. Também com uniforme padronizado, cerca de três bandas tocam da hora do almoço até o início da noite. Estas festas não atraem somente pela bebida e comida inseridos no valor do ingresso, mas pelo caráter tradicional delas. A festa do "Tô nem Tchum", promovida há onze anos, é celebrada embaixo de um tamarindeiro, e atrai também os moradores da cidade. Na festa do "Tanque Cheio", antes feita entre amigos no quintal de uma casa da própria cidade, já começa a aumentar o espaço para os fãs do forró. Ao saber que a festa é feita para os próprios moradores, os turistas viram macaubenses durante o São João, e começam a aguardar ansiosos por mais um ano de festa.