quarta-feira, junho 29, 2011

Síndrome do "tanto faz"

Todas as vezes que me chamam para uma palestra ou debate, sempre me pergunto se vou acrescentar algo na vida de quem está ali. Pode ser pretensão, mas acredito que uma reflexão pode ser mais saúdavel do que mil teorias. A primeira coisa que perguntei ontem aos estudantes de contabilidade da FAAFH, em Luis Eduardo Magalhães, foi ."O que vocês estão fazendo aqui?". As respostas variavam entre não tinham opção, ou porque gostavam de matemática, e poucos aprenderam a gostar a está ali naquele ambiente acadêmico para aprender teorias da contabilidade.


Começo a achar que poucos são aqueles que sabem que direção trilhar. Não digo que devemos conhecer todos os passos da nossa vida, mas deveríamos minimamente planejar sua vida, sua carreira, e os seus relacionamentos. E infelizmente para isto, precisamos saber onde estamos e onde queremos chegar. Note que muitas vezes a vida nos obriga a mudar de rumo, mas aí devemos re-planejar, e novamente nos posicionar. O que não se pode é ficar parado , esperando alguém definir por nós.


E pelo pouco que já conheço das novas gerações, não acredito que eu seja um "sortudo" por saber desde cedo o que eu queria, e nem acho que eu seja exceção, mas sinto que hoje exista uma epidemia de falta de coragem, que se reproduz na síndrome do "tanto faz". O que eu quero ser quando crescer? Onde quero trabalhar? Prefere azul ou roxo? Pizza ou bolo?


E infelizmente daqui a pouco chegaremos no momento em que teremos cursos de como ensinar as pessoas a viverem, balizado da didática dos livros de autoajuda. Nada contra, mas incomoda saber que isto anda generalizando. E só bato na madeira para que isto seja uma falsa impressão ou que não se espalhe.

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