segunda-feira, julho 23, 2012

A religião que vira negócio


Um dos mais fortes mandamentos divinos anda sendo aviltado constamente. Antes restrito aos círculos mais privados e em cerimônias religiosas, falar o nome de Deus se tornou agora uma constante agressão e desvirtuamento do que seja sagrado. Em uma comparação bastante grosseira, com outro mandamentos (não roubar e não matar, por exemplo), o que vem acontecendo é uma verdadeira chacina e e uma extorsão. Utiliza-se, atualmente, da religião (qualquer que seja) e o nome de Deus para promoção pessoal, esconder erros e defeitos, e o que é pior, obter rios de dinheiro em cima da fé alheia.

Criminosos com ficha corrida extensa tornam-se mensageiros de Deus. Artistas que em declínio na carreira voltam a ser notícia evocam o nome do “Senhor” para virarem notícia. Políticos que utilizam o nome de Deus para ocuparem cargos públicos. Religiões que desrespeitam o mínimo de uma conduta ética ao chutarem santas, fazerem ilusionismo, rituais e encenações para enganar novos fiéis, além de uma louvação sem fim (de católicos, evangélicos e outras tantas) ligadas ao “gospel business”.

É também comum as religiões começarem eleger os seus membros e influenciar nas regras e leis brasileiras de um conservadorismo que nem mesmo os seus seguidores conseguem respeitar. A gota d´água é a ex-primeira dama Rosane Collor vir à televisão arrependida contando que o ex-presidente realizava rituais de magia negra, tudo para vender o seu livro e o que mais lhe aprouver para os próximos fiéis. Isto sem falar em criminosos condenados por crimes bárbaros como Suzanna Von Richtoffen e Guilherme de Pádua que também pregam o nome de Deus.

Diante de tudo isto, apesar de vivermos em um Estado Laico, está na hora de investigar melhor o negócio religioso. Se uma religião cobra mensalidade dos clientes, utiliza do marketing mais agressivo contra a concorrência e investe em múltiplas filiais é preciso uma cobrança em relação aos serviços prestados, respeitando a legislação brasileira, e no mínimo, recolherem impostos e pagar funcionários. Triste mesmo é saber que algumas religiões funcionam como empresa, olhem Deus e a fé como um “produto” e o que o conteúdo da Bíblia seja interpretado ao bel prazer a quem quer apenas “faturar”. E que Deus nos ajude a separar o joio do trigo.

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