Um
dos mais fortes mandamentos divinos anda sendo aviltado constamente.
Antes restrito aos círculos mais privados e em cerimônias
religiosas, falar o nome de Deus se tornou agora uma constante
agressão e desvirtuamento do que seja sagrado. Em uma comparação
bastante grosseira, com outro mandamentos (não roubar e não matar,
por exemplo), o que vem acontecendo é uma verdadeira chacina e e uma
extorsão. Utiliza-se, atualmente, da religião (qualquer que seja) e
o nome de Deus para promoção pessoal, esconder erros e defeitos, e
o que é pior, obter rios de dinheiro em cima da fé alheia.
Criminosos
com ficha corrida extensa tornam-se mensageiros de Deus. Artistas
que em declínio na carreira voltam a ser notícia evocam o nome do
“Senhor” para virarem notícia. Políticos que utilizam o nome de
Deus para ocuparem cargos públicos. Religiões que desrespeitam o
mínimo de uma conduta ética ao chutarem santas, fazerem
ilusionismo, rituais e encenações para enganar novos fiéis, além
de uma louvação sem fim (de católicos, evangélicos e outras
tantas) ligadas ao “gospel business”.
É
também comum as religiões começarem eleger os seus membros e
influenciar nas regras e leis brasileiras de um conservadorismo que
nem mesmo os seus seguidores conseguem respeitar. A gota d´água é
a ex-primeira dama Rosane Collor vir à televisão arrependida
contando que o ex-presidente realizava rituais de magia negra, tudo
para vender o seu livro e o que mais lhe aprouver para os próximos
fiéis. Isto sem falar em criminosos condenados por crimes bárbaros
como Suzanna Von Richtoffen e Guilherme de Pádua que também pregam
o nome de Deus.
Diante
de tudo isto, apesar de vivermos em um Estado Laico, está na hora de
investigar melhor o negócio religioso. Se uma religião cobra
mensalidade dos clientes, utiliza do marketing mais agressivo contra
a concorrência e investe em múltiplas filiais é preciso uma
cobrança em relação aos serviços prestados, respeitando a
legislação brasileira, e no mínimo, recolherem impostos e pagar
funcionários. Triste mesmo é saber que algumas religiões funcionam
como empresa, olhem Deus e a fé como um “produto” e o que o
conteúdo da Bíblia seja interpretado ao bel prazer a quem quer
apenas “faturar”. E que Deus nos ajude a separar o joio do trigo.
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