As
redes sociais estabelecem novas formas de agir e interagir no mundo
social, alterando as percepções e as relações sociais, embora
fique cada vez mais dificil precisar como os conteúdos simbólicos
socializados na rede impactam os indíviduos. Sabe-se, no entanto,
que a recepção das formas simbólicas implicam em um processo
contextualizado e criativo de interpretação. E que obviamente
possuem ressonâncias claras e grande impacto no mundo real.
É
só lembrar de protestos gerados pelas redes sociais como o
“Churrasco da Gente Diferenciada”, em maio de 2011, para defender
a criação de uma estação de metrô em Higienópolis, em São
Paulo (SP) quando os moradores do bairro se mostraram contrários,
alegando uma espécie de “popularização” da área. Ou mesmo a
condenação a 1 ano, 5 meses, e 15 dias de prisão por crime de
racismo por uma estudante de direito que divulgou na rede social
Twitter a seguinte mensagem: “Nordestisto (sic) não é gente. Faça
um favor a Sp: mate um nordestino afogado!”.
Diferente
de um processo de comunicação face a face, em ambos os casos houve
manifestações de um produtor da informação, que ao emitir sua
opinião desconsiderou que a informação seria “afastada do seu
contexto, tanto no tempo quanto no espaço, e reimplantada em novos
contextos que podem estar situados em tempos e lugares diferentes”. Ou
seja, avaliou que não seria lido e que sua opinião não teria
importância. Ledo engano. Uma “massa” midiática se levantou
contra o preconceito social e racial “. E que a fiscalização descentralizada e entre os usuários da própria rede continue!
Um comentário:
Tire o seu racismo do camunho, que eu quero passar com a minha cor. ( Georges Najjar Jr - Desaforismos )
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