segunda-feira, dezembro 03, 2012

"Um Dia" - Encontros e desencontros de uma alma gêmea

 A certeza insensata de que está nos reservado um grande amor ou uma alma gêmea é a linha mestra do filme “Um Dia”. E se não estivermos preparados para receber este grande amor? Esta pergunta perpassa a obra, baseada no romance homônimo de David Nicholls. 

O casal Emma e Dexter se conhecem depois de um encontro da festa de formatura em 1998. Deste encontro surge uma grande paixão e amizade, que por causa de uma série de fatores - dentre eles falta de comunicação, perspectivas diferentes e inseguranças – não deslancha para um relacionamento na lógica clássica com flerte, namoro, casamento e filhos.

Lançado há um ano, “Um Dia” tem uma narrativa diferente, ao mostrar o casal sempre no dia 15 de julho durante os próximos 20 anos que levaram para acertar os ponteiros. Ponto para a escolha do casal Anne Hathaway e Jim Sturgess, que apesar da química, por causa das idas e vindas, não podem explorar tanto este lado. O final devastador, e não exatamente feliz (muito próximo à “Cidade dos Anjos”), é o apice de uma narrativa entrecortada mas sem muitos picos de emoção.

“Um Dia” se enquadra como um drama que inquieta e nos faz refletir sobre as nossas próprias vidas. Afinal, a procura pela parceria de uma vida, que eleve, transforme e complete, é algo ainda presente no imaginário coletivo. “Um Dia”, por meio de Emma e Dexter, mostra que isto é possível, mas evidencia também as dificuldades e os medos que devem ser superados para viver um grande amor.


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