segunda-feira, março 15, 2010

Era feliz e sabia disto!!!

Existem momentos na vida inesquecíveis, e são assim porque tivemos pessoas especiais ao nosso lado. Fui ao baile de jornalismo e esta semana, e egoísmo à parte, apenas me lembrei em um dos momentos mais marcantes da minha vida, quando eu e meus amigos nos graduamos. Que turma especial. Foi uma semana perfeita. Lembro da aula da saudade, da missa, da colação e do baile, e até do estica na casa do Rodrigo depois da aula da saudade. Enquanto assistíamos o Oscar, fizemos uma lista dos melhores da festa!! Sei que sou um amigo ingrato e desnaturado, mas sinto saudades de estar no cotidiano destas pessoas. Era feliz e sabia disto!!
Iria escrever sobre outra coisa, mas acabei me rendendo ao assunto, porque li este comentário no post anterior do Fellipe, que reproduzo abaixo. Amigo, muito obrigado. Queria mandar um abração para o Eduardo Sartorato, Lorena Verli, e aos casais Maria-Renato, e Erika-Rodrigo, que mesmo longe, estão sempre presentes!!




Querido,
lembro-me que certa vez escrevi que toda estupidez que damos na vida carece, por princípio ontológico, de uma segunda chance para repará-la.

isso quer dizer: não é que o universo seja benevolente o bastante para nos permitir a redenção dos nossos erros, mas generoso o suficiente para nos permitir errar na gênese de nossos atos.

O que, automaticamente, nos pede o tal "replay". Todavia, o viveremos a partir de um patamar diferente, mais consciente do que estamos buscando.

Quando a cumadre Maria Cristina escreveu sobre as dúvidas do caminho, eu pensei sobre o tema e disse a ela que só aqueles que têm dúvidas sobre a trajetória são realmente os que estão caminhando. Ou seja, quem está parado não tem razões para pensar num caminho que não existe.

A vida é simples. Somos nós quem a complicamos cada vez mais. E não fazemos isso porque somos masoquistas, mas sim porque é da natureza das almas inquietas, das almas que buscam mais do que é oferecido, porque não se contentam com o pouco (visto por quem busca muito) ou até mesmo com o muito (visto por quem busca o inalcansável).

Tudo bem estar na primeira opção. Os problemas podem começar a surgir quando optamos pela segunda. Creio que, pelo que conheço em você e pelo texto que escreveu, que inanição e a falta de recado não se aplicam ao seu caso.

A vida é uma eterna adaptação. Ainda que mudemos, jamais deixaremos de ser nós mesmos, porque é esse ser que nos forma o principal agente da mudança. Por isso, não tenha medo de mudar, de arriscar, desde que o seu norte seja sempre a busca do seu bem-estar.

Podem parecer palavras gastas, mas para tudo na vida (exceto a morte) existe uma solução. Não se pode entrar numa disputa, por exemplo, com medo de sair perdedor. Apenas entre e aprenda novas formas de ver e, tenho certeza, as coisas vão se encaixando naturalmente.

Uma coisa é certa: o caminho certo é sempre o mais complicado, da mesma forma que nada é por um acaso. Faz bem replantear-se os planos, repassar os focos. Só as pedras sabem (se sabem) que serão pedras sempre.

Você não é uma pedra.

Fique bem.
Abraço e saudade,
Fellipe

3 comentários:

Erika disse...

Hebertito, eu tb era feliz e já tinha consciência disso naquela época!..rs. Nossa turma realmente foi especial e só guardo lembranças boas e engraçadas. Acho que a gente conseguiu aproveitar o máximo que pudíamos desse período. Hoje eu fico com saudade, mas sempre soube que cada um seguiria seu caminho, mas que a amizade ficaria pra sempre. Eu tb sou uma amiga desnaturada (rs), mas tenho certeza que posso contar com vc, mesmo que eu desapareça por um tempinho...E vc pode ter certeza tb que a gente estará sempre aí na área, pra qdo vc precisar. Muita saudade de vc. Beijinhos

Maria Cristina disse...

Oi Hebert!!! Lembranças são sempre maravilhosas, fiquei nostálgica com o seu texto. Mas acredito que temos que ser felizes agora, mesmo com um passado divertido, cheio de boas recordações. As pessoas entram e saem da nossa vida, assim como fazem numa locomotiva. E algumas ficam. Isso eu ouvi da nossa "tia" Silvana na minha aula da saudade e marcou muito. Sabe, estou sentindo uma proximidade tão grande entre nós, mesmo o Fellipe e o Sartorato estando em outro continente e você do outro lado da linha do mapa. E é isso o que vale, essa ligação surreal com pessoas que podemos contar sempre! Muita saudade de você e sinto a sua falta, como colega de facu, de rádio, de trabalho, enfim, do meu amigão baiano!! bjos

Eduardo Sartorato disse...

Abração tb, Baiano!! Espero te encontrar a próxima vez que estiver no Brasil!! abraços.....