sábado, agosto 14, 2010

Devagar também é pressa

Hoje quase atropelei alguém. É difícil admitir que eu queria ter razão. A pressa em atravessar rapidamente a faixa, e passar antes do pedestre, não teria me causado nenhum tipo de reflexão. A marca da mão no carro empoeirado pode ser um sinal de que eu esteja perdendo a guerra. A guerra contra o tempo, em andar sempre rápido, e de nunca parar. Ando na teoria dos vazios, em que se eu preencho o espaço antes, ninguém poderar ocupar. Mas onde está a sustentabilidade disto?

Hoje fui entrevistado sobre sustentabilidade. E há de convir que apesar de gastar pouca água e energia, reciclar o meu lixo, preciso me convencer que correr como um louco numa guerra no transito, não me faz um ser sustentável. E na hora da entrevista, parei um pouco ao responder, e lembrei de mim, no momento, em que o senhor ao revidar a minha infração, bateu com a mão no carro. A reação me fez ficar indignado.

Tentei me convencer que eu estava certo. "As pessoas precisam sinalizar antes de entrar na faixa, não podem entrar correndo em cima dos carros". Mas eu deveria ter parado, e acenado para que o senhor passasse. No restante do dia andei mais devagar. Até quando vou prosseguir assim. Espero que não seja tarde demais, para que eu possa realmente perceber que preciso andar devagar, não apenas no trânsito, mas na vida.

2 comentários:

Maria Cristina disse...

É ruim ter que passar por situações assim para "acordarmos" e vermos que não precisamos de tanta pressa... Mas, por outro lado, ainda bem que acordamos antes de uma tragédia, né?!

Ps: em Barreiras tem tanto trânsito assim? kkkk brincadeira!

bjos e saudades!

Hebert Regis disse...

Maria, isto aqui tá parecendo a Índia. Ninguém se entende. rs.