quinta-feira, agosto 07, 2008

Jornalismo como instrumento social

É grande a importância do papel do comunicador em lançar debates aprofundados e humanizados que possam contribuir para a formação de uma sociedade crítica e responsável. A constante especialização, falta de reconhecimento no “outro”, e principalmente o colapso vivenciado na pós-modernidade transformaram-se nas principais conseqüências de uma sociedade que baseia as suas relações somente no lucro. A exploração inconsciente das nossas reservas naturais, que arrasa o meio ambiente, soma-se a um processo de deterioração do próprio ser humano.

A comunicação e as novas tecnologias desenvolvidas na área podem se tornar instrumentos de divulgação de um pensar e agir sustentáveis, pautados pela responsabilidade ambiental e social. É preciso, para isto, mobilizar toda a comunidade. Os meios de comunicação de massa podem ajudar neste processo, ao transmitir informações e símbolos que revalorizem o outro, as relações sociais e o meio ambiente. As pessoas deveriam voltar a pensar que são as pequenas ações as responsáveis pelos grandes atos que podem mudar o mundo.

É necessário tornar público não somente as atividades dos grandes conglomerados, que detém a riqueza financeira, mas também as ações da sociedade civil organizada. Os profissionais de Jornalismo poderiam contribuir, neste sentido, ao tentar trazer ás pessoas algo próximo, mas que deixam de ser discutidas, menos pela falta de visão das grandes empresas, e mais pela formação elitista e cartesiana dos jornalistas brasileiros.

Apenas no ano passado, a mídia brasileira percebeu a catástrofe vivenciada pelo mundo, com a divulgação do relatório do IPCC, sobre o aquecimento global. Somente com uma catástrofe anunciada em pesquisas, o jornalismo se dá conta de um assunto que as comunidades tradicionais antecipam, ao ver as suas culturas arrasadas pelo trator movido pelo grande capital. Se as pequenas ações fossem valorizadas pelo processo comunicacional, há muito o alerta já teria soado. Resta agora correr contra o tempo, para lutar pelo que temos, que felizmente, não é pouco.

2 comentários:

Maria Cristina disse...

eiii to escrevendo de novo, depois passa la bjo

Paulinho Apolonio disse...

Meu amigo, isso é sonho de todo estudante de jornalismo. Não sei o que acontece quando ele entra para uma empresa, alias sei sim.
Você acha que a imprensa "protituída" vai divulgar coisas que atrapalhem o empresariado que às bancam?
Adoro passar no seu blog.
Abraços