domingo, novembro 01, 2009

Perdi as chaves. E agora?

Sábado, 31 de novembro de 2009

Fui correndo atrás de um sorvete de abacaxi, um dos vícios gastrônicos, depois de comprar o ingresso para o show da humorista cearense Rossicléia. Ela aparecia muito na tv. Quando foi à noite, para sair para o show? Cadê as chaves? No molho estavam as de casa e do carro. Liguei para um amigo. "Perdi as chaves, e não tenho as cópias. Tem como me dar uma carona".

Em 20 segundos, um outro flash na cabeça.
- A carteira ficou no carro. Droga!
- Tudo bem.
- Mas os ingressos estão dentro dela.
- Ainda bem que tirei o celular.

Não foi claro nesta tranquilidade. Faltavam 20 minutos para o show, e já tinha mobilizado a casa inteira. Até o cachorro, se pudesse, estaria à procura das benditas chaves. Solução caseira: meu irmão ganhou uns ingressos, e me passou, e fui de carona. Me emprestaram R$ 30. Tudo para não perder a noite.

Chego em casa: o carro não está na porta. Pensei que tivessem roubado. Não, está na garagem.

- Pai acharam a chave?
- Chamei o chaveiro...
- Abre a porta aqui...

Procurei, reli minha mente muitas vezes. As chaves deveriam está exatamente em casa. E sonhei, que eu tirei o molho da calça. Meu pai também sonhou a noite com elas, e que estariam em casa. Ele quase não dormiu à noite, preocupado, e levou a minha mãe junto na insônia.

Domingo, 01 de novembro de 2009

Num dia chuvoso, acordo preocupado, e procurando novamente as chaves. Decido terminar de ver um filme, "Dúvida", e já emendo em outro "O casamento de Rachel". Parece tudo confluir para um início de domingo meio trágico. Começo a pensar que a minha tão propalada sorte esteja acabando. Sim. Sou e me considero um cara sortudo. Isto é tema para um outro post. Mas comecei a pensar que uma pequena maré de azar pudesse se aproximar. E que este seria um ponto nevrálgico para procurar outra "sorte".

Diante da crise existencial que se instaura, meu irmão simplesmente fala das chaves, fuça a minha bolsa do notebook, e simplesmente.
- Aqui as chaves
- Como assim? Procurei várias vezes nesta bolsa.
- Estavam escondidas aqui.
- Não acredito. Até a minha mãe procurou aí também.

Abracei todo o mundo, liguei para quem eu tinha mobilizado, e a paz retornou ao lar. Quer dizer, em parte. Um sinal que preciso me movimentar.

Moral da história

As chaves não eram para ser encontradas no sábado , e sim do domingo, e eu precisava passar pela crise existencial de domingo de manhã. Porque fujo dela insistentemente. A perda das chaves serviram para colocar alguns pratos na mesa. Mas esta é uma outra história.

Um comentário:

Erika disse...

Esse post poderia facilmente ter sido escrito por minha mae...kkkkkk. Ainda bem que a maré ruim passou logo. Beijinhos!!!