quarta-feira, abril 04, 2007

Para tirar a teia de aranha

Os leitores foram abandonados? Não sei. Desculpa muitas vezes o egoísmo. Mas não considero o blog um espaço para os leitores. Apenas para as minhas pseudo reflexões, ou mesmo, um espaço para dividir as minhas experiências, angústias e outros problemas. É um espaço meu, que divido com quem queria ler algumas besteiras. Como sei que os eventuais leitores tiveram muitas coisas para fazer neste início de ano, não me senti mal pela demora. Era eu quem não estava à vontade. Queria esperar passar o ano.
Estou eu aqui no meu trabalho, escrevendo estas coisas, para dizer que o meu ano não começou no dia 1º de janeiro, nem depois do carnaval, mas quando eu decidir fazer coisas diferentes. Primeiro foi a mudança de apartamento e mais recentemente o fim de uma especialização. Ainda não fiz nenhuma lista de ano novo, nem vou fazer. Como mudo muito os meus planos, passa alguns meses, eles não servem para muita coisa.
Novo apartamento
Sol de meio-dia. O espaço abandonado. Janelas e portas fechadas. A cada passo... um barulho. Minha mãe e a minha tia entram primeiro. Elas se encantam com a cozinha, ampla e com uma pia bem maior do que o do apartamento anterior. Entro, e já vou direto para os quartos. Um deles tem até varanda. Também tem persiana nas janelas. Bom para quem gosta de dormir muito. E o apartamento ainda nem precisa ser alugado pela imobiliária. É com a dona. O preço é uma pechincha.

Assinado o contrato. É do lado da praça da Bíblia. Algum problema? Por mim, tudo bem. Os barulhos incomodam às vezes. Mas para um cara “dormidor” como eu. Nada deve atrapalhar. Depois da enrolações para entregar o outro apartamento, correndo atrás das papeladas, nada melhor do que deitar e ver que os problemas, ao menos estes acabaram. Até quando ficarei assim. Tranquilão. Na boa. Não sei.

Sonho
Só sei que depois de resolver um problema com a burocrática e enroladora Tropical, decidir ser mais chato do que nunca ao decidir as coisas, em assinaturas de contratos. Ou melhor, se eu precisar destes sangue-sugas eu prefiro morar debaixo da ponte. Eu acho que eu disse isto para a atendente. Aquele mentirosa, filha de uma... Já passou a raiva, mas devo ter praguejado as quatro gerações daquela coisa ruim. Só que mesmo variando os caminhos, eles continuam iguais. O processo mecânico ajuda a lembrar dos problemas. É como se você fosse teletransportado. Quando você vê, já está cumprimentando as pessoas no seu trabalho. E não percebe que você pegou o ônibus lotado, atravessou uma avenida e apenas olhou, não apreendeu.
Ah! Estes dias eu me peguei na beira da praia, em pleno pôr do sol. Não sei se sonhei, ou pensei que estivesse com o pé na areia. Estava sentado, vendo o sol baixar. Os tons azulados e alaranjados do sol se misturavam. Olhava pacientemente, sem nenhum pensamento na cabeça. Só o vazio. Sei que quando eu morar na praia, não será bem assim. Mas aos corvos e abutres de plantão, não venham azedar o meu sonho ou pôr areia no meu tênis. Sei dos problemas e das dificuldades, mas com uma praia e o pôr do sol devem ser bem mais agradáveis de resolver.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eita amor, estou me sentindo um abutre!!! kkkkk Quem mandou eu perder minhas ilusões quando morei na praia. Agora sou obrigada a ser abutre!!!

Rodrigo Alves disse...

Aporrenhe, não, baiano! Tbm me sinto meio esgoísta por não postar, mas sou firme como uma rocha. Por falar nisso, depois de quase seis meses voltei a postar. Abraços, aproveite as delícias de São Simão.

Rainer Sousa disse...

Mas esse baiano tá com uma saudade da terrinha que parece não ter fim...HEHEHEH