segunda-feira, agosto 27, 2007

Escreva sem pensar... muito...

Já decidi não postar os comentários do tipo: “Até que enfim postou, né?” ou então “Atualiza... Atualiza...”. Blog é algo autoral. A gente posta na hora que dá vontade. Lembro que até escrevi um texto sobre o porquê de postar, intitulado “Reflexões de um sonolento”, que começava assim: “Amanhã eu preciso tirar este post horrível que está embaixo. Não que tenha ficado tão medonho e horrendo assim,mas porque não agüento mais vê-lo. Só é um incômodo. Mas então, o que escrever? Vamos pensar!!!”

Quando este blog foi criado, há exatamente no dia 08 de agosto, a idéia era montar algumas pequenas narrativas, de curtas viagens. Eram nas trilhas, naqueles trechos que enriquecem a alma e o coração, que eu gostaria de dividir com quem lesse o “Andarilho”. Poderia ser São Paulo, Brasília, Barreiras. Eu queria entrar em contato com um alguém, há muito tempo distante. Este era eu, perdido nos caminhos da Facomb [Faculdade de Comunicação e Bibliotecnomia da UFG], sem eira, nem beira, e o pior de tudo, sem saber que estava nesta condição.

Nunca fui ligado a crises existenciais. Confesso que sempre curava, e ainda curo, as minhas angústias de outras formas. Ou eu ia ao cinema, ia dormir, conversava potoca com os meus amigos. Talvez eu tentava jogava os problemas (os poucos que eu tenho, e tinha...) para debaixo do tapete. Podia ser. Mas também poderia ser uma forma de lidar com as angústias, que em suma todo o mundo tem.

Apesar de nunca contar algo diretamente sobre a minha vida, possuir um blog é sim, um ato de exposição. Escrever, por si só, é uma tentativa de libertar os preconceitos, as visões, angústias, problemas, ilusões, felicidade, seja lá o que for que estiver sentindo no momento. Então poderia apenas escrever e deixar lá no HD do computador, como às vezes sempre fiz, e ainda faço. Publicar. Tornar público as versões e os pedaços da vida serve como o reconhecimento, muitas vezes sagrado, da chamada alteridade.

Ao reler o meu texto no blog, sei que deixo uma parte de mim, uma contribuição, para que eu possa me entender. E talvez, possa ajudar as pessoas a se olharem da mesma forma, com uma certa compaixão pelo outro, já que é através dele, que a gente se reconhece. Acho que copiei isto de alguma aula de cinema... Ficou confuso? Em suma, o blog me ajuda a organizar as idéias, me força a agir e me impulsiona a olhar de forma mais crítica o mundo e a mim mesmo. Este é o meu espaço. E confesso. Não tenho pensado muito sobre no que escrever. Só o que vem na mente na hora que tem que ser. O resto,como dizem por aí, é resto. Então,hoje é só sentar e escrever sem pensar... muito.

2 comentários:

Fellipe Fernandes disse...

Não ficou confuso não, aliás mais inteligível só se vc berrasse...rsrsrs tenho duas coisas pra dizer aqui: a primeira é que eu concordo contigo quanto ao conceitos do blog. É autoral, é pessoal, é intransferível..rs Mesmo quando não se faz menções diretas sobre a vida de quem escrever, o blog é uma exposição muito grande de sentimentos, de vontades, ainda que literárias. Meu blog tb não diz muito sobre o que faço ou deixo de fazer, mas diz sobre quem sou, quem eu gostaria de ser ou quem eu deixaria de ser. A segunda coisa é sobre os comentários... a gente faz é pra encher o saco mesmo. Aliás, só fazemos isso com quem é amigo e com aqueles que conhecemos o bastante para dizer que, mesmo não tendo relatórios diários sobre o que andam fazendo, estamos com vontade de saber como andam esses amigos que, por um motivo ou outro, não estão cotidianamente envolvidos conosco. Por isso, o 'Atualiza!...Atualiza!' rsrsrsrs

Eduardo Sartorato disse...

São tantas coisas legais que você pensa em escrever quando não tem vontade. E como nada vem a cabeça quando você está com aquela gana de passar algo para o papel (ou HD). Acho que isto é o paradoxo BLOGal!! rsrsrsrsrsrs!!