Tento
entrelaçar dois laços que a primeira vista não se
relacionam. O primeiro vem da data que lembra a Consciência Negra,
comemorado hoje (20 de novembro) em todo o Brasil. O segundo é do
assassinato com motivação homofóbica do jornalista goiano em uma
praia próximo à capital Recife, em Pernambuco, no último fim de semana. Embora sejam
diferentes em seu cerne - a raça e a orientação sexual - um
componente parece vir à tona quando tratamos destes dois temas: o
preconceito ao diferente!

E o drama
de quem não consegue ou não se identifica com os padrões
estabelecidos? Passo a largo dos dramas psicológicos e pessoais,
por causa da dificuldade de medir, mas analiso e recrimino
qualquer atitude de quem esteriotipa e agride verbal ou físicamente para
calar o diferente. E o pior, calar o diferente em sua essência, como no
gênero, raça, cor e orientação sexual. Não é algo que se muda
tão fácil quanto se compra um novo sapato e joga o antigo no lixo.

Só espero que no futuro não precisemos mais de dias específicos para valorizar o diferente, tampouco precisar velar por aqueles que lutam pela possibilidade de ser diferente. Até porque, ser diferente incomoda não é, que o digam Zumbi dos Palmares e Lucas Fortuna.